Quase todas as pessoas no planeta terão problemas de saúde ocular durante a vida e mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo, não têm acesso a serviços para cuidar da visão.

Comemorado anualmente na segunda quinta-feira de outubro, o Dia Mundial da Visão foi instituído pela International Agency for the Prevention of Blindness (IAPB) e comemorado no ýlyimo dia 0

A adoção de um estilo de vida saudável pode PREVENIR muitas doenças oculares; É igualmente importante PROTEGER e PRESERVAR a saúde de seus olhos. O risco varia de luz solar intensa, acidentes de trabalho e a exposição prolongada a telas em casa;

PLANEJAR e fazer um exame oftalmológico abrangente e regular garantirá que seu oftalmologista obtenha um histórico médico e familiar detalhado para entender seus fatores de risco, verificar sua visão e saúde ocular.

Certifique-se de que os exames oftalmológicos façam parte do seu exame médico de rotina!

Doenças oculares são um problema que afeta grande parte dos brasileiros. Segundo dados do Datafolha, cerca de 58% das pessoas no país têm dificuldades de enxergar ou não fazem consultas regulares com oftalmologistas. A falta de conhecimento e de conscientização ou o medo do diagnóstico estão entre as principais causas da negligência com a saúde dos olhos.

Além disso, algumas dessas doenças podem não apresentar sintomas aparentes nem causar desconforto em um primeiro momento, o que pode confundir e levar os pacientes a descobrirem os casos já em estado avançado.

E se engana quem pensa que os problemas se resumem aos chamados “graus” corrigidos com óculos ou lentes de contato. Confira doenças oculares bem comuns:

  • Catarata: comum em pessoas idosas, causa a opacificação do cristalino do olho, levando à visão turva.
  • Ceratite: inflamação da córnea, geralmente causada por infecção ou uso inadequado de lentes de contato.
  • Glaucoma: aumento da pressão intraocular, o que pode danificar o nervo óptico, levando à perda de visão se não tratada.
  • Degeneração macular relacionada à idade (DMRI): doença que afeta a mácula, parte central da retina, resultando em perda de visão central.
  • Retinopatia diabética: é causada pela complicação da diabetes, que danifica os vasos sanguíneos da retina podendo levar à cegueira.
  • Conjuntivite: pode ser viral, bacteriana ou alérgica e é causada pela inflamação da conjuntiva, causando vermelhidão, coceira e lacrimejamento.
  • Descolamento de retina: separação da retina do fundo do olho, podendo causar perda de visão súbita se não tratada rapidamente.
  • Presbiopia: dificuldade em focar em objetos próximos, comum após os 40 anos, devido à perda da flexibilidade do cristalino.

“Algumas doenças sérias como o glaucoma não costumam dar sintomas e podem levar à cegueira. Já a catarata, por exemplo, tem progressão lenta na maioria das vezes e precisa ser acompanhada para decidir quando precisa da cirurgia.”Dra. Fabíola Marazato, oftalmologista do CBV – Hospital de Olhos

A médica Fabíola Marazato explica que até mesmo doenças comuns como diabetes e hipertensão podem causar danos sérios à estrutura do olho. “Além disso, reumatismos, infecções e até câncer podem ser descobertos num exame oftalmológico”, afirma.

Apesar de problemas oculares serem comuns e afetarem uma parcela significativa da população, cerca de 80% das causas de perda de visão, por exemplo, podem ser previstas e tratadas com cuidados antecipados. “Por isso, os exames oftalmológicos devem ser feitos regularmente, mesmo sem queixas visuais”, orienta a doutora Marazato.

Até mesmo as doenças degenerativas podem ser detectadas nos exames e tratadas previamente. Com os problemas detectados, a chance de conseguir recuperar a visão é mais fácil.

O tratamento das doenças oculares teve avanços significativos nos últimos anos, com medicamentos e procedimentos cada vez mais modernos, seguros e menos invasivos.

A depender da situação de cada paciente, o especialista pode recomendar cirurgias a laser, implantes de lentes intraoculares e terapias genéticas, quando se introduz um material genético saudável nas células do olho para restaurar ou melhorar a visão, revertendo danos ou prevenindo a progressão da doença.

No Brasil, há mais de 1,2 milhão de cegos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 60% das cegueiras são evitáveis, isso significa que quase 700 mil brasileiros que são cegos, poderiam não ser, se tivessem recebido tratamento precocemente.

A Classificação Internacional de Doenças – versão 10 (CID 10) estabelece quatro níveis de função visual:

– visão normal;
– deficiência visual moderada;
– deficiência visual grave;
– cegueira.

Essa classificação estabelece duas escalas oftalmológicas como parâmetros para avaliar a deficiência visual: a acuidade visual (capacidade de reconhecer determinado objeto a determinada distância) e campo visual (amplitude da área alcançada pela visão).

São consideradas cegas não apenas as pessoas que apresentam incapacidade total para ver, mas também todas aquelas nas quais o prejuízo da visão se encontra em níveis incapacitantes para o exercício de tarefas rotineiras, apesar de possuírem certos graus de visão residual.

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