Médicos foram atingidos por disparos de pistolas calibre 9 milímetros; cápsulas foram encontradas pela polícia no local do crime, no Rio

Mais uma notícia trágica que retrata a violência no Rio de Janeiro para todo o mundo. A informação, desde as primeiras horas da madrugada, está a repercutir em quase todos os veículos de comunicação e agência de notícias.

Segundo consta, os responsáveis pelo assassinato de três médicos ortopedistas na madrugada desta quinta-feira, 5, no Rio de Janeiro, atiraram cerca de 33 vezes contra os profissionais em um período de 20 segundos. Após o crime, um dos homens ainda voltou no quiosque, que fica na Barra da Tijuca, depois que uma das vítimas tentou se abrigar. 

Os médicos, que são de São Paulo, estavam na cidade para um congresso internacional de ortopedia. Além dos três profissionais que morreram, um quarto está em estado grave. Os homicídios estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), da Polícia Civil do Rio (PCERJ). 

Ainda segundo a PCERJ, nada foi levado dos médicos e os criminosos chegaram ao local atirando. Uma das principais linhas de investigação é de que tenha sido uma execução. Segundo testemunhas, os bandidos não falaram nada na hora do assassinato.

O assassinato 

Três médicos ortopedistas, entre eles um baiano, foram executados a tiros, na madrugada desta quinta-feira, 5, em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. As vítimas estavam na capital carioca participando de um congresso internacional de ortopedia. 

Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, estava sentado em um dos quiosques na frente do hotel onde estava hospedado, quando um carro branco parou, e três homens de preto e armados de pistolas desembarcaram e abriram fogo à queima-roupa.  

Além do médico baiano, outros três ortopedistas foram baleados. Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, morreu no hospital. Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, morreu no local do crime. O quarto médico foi socorrido para uma unidade de saúde onde permanece internado. 

Polícia de SP vai ao RJ ajudar na investigação 

Imagem colorida da execução dos médicos paulistas no RJ - Metrópoles

Polícia Civil de São Paulo vai ao Rio de Janeiro auxiliar a polícia carioca na investigação sobre os quatro médicos baleados num quiosque da orla da capital fluminense. Três vítimas foram mortas a tiros por criminosos armados. Outra ficou ferida e está internada.

As cenas mostram três bandidos saindo armados de um carro que para próximo a barraca onde estavam os quatro amigos.

Os três médicos mortos no ataque eram:

Diego Ralf de Souza Bomfim: Tinha 35 anos, e era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL). Foi especialista em Reconstrução Óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ele chegou a ser socorrido, mas teve a morte confirmada no Hospital Lourenço Jorge;

Marcos de Andrade Corsato: Tinha 62 anos. Era médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Ele morreu na hora;

Perseu Ribeiro Almeida: Tinha 33 anos. Era especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Fez aniversário na última terça-feira (3). Também morreu na hora.

O médico que foi ferido e sobreviveu é:

Daniel Sonnewend Proença: Ele tem 32 anos. Se formou pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), em 2016 corrigindo a errata no título desta matéria. O mesmo é especialista em cirurgia ortopédica. Foi levado com vida ao Hospital com pelo menos 3 tiros e seria transferido para uma unidade particular;

Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, teve fraturas no fêmur, pé, mão, lesão no testículo, além de lesões no tórax e abdômen. Ele está internado em estado grave — mas estável — no Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra, onde passou por cirurgia.

Secretário da Segurança Pública (SSP) paulista, determinou que uma equipe do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) auxilie a polícia do Rio

Como os três mortos moravam no estado de São Paulo e o sobrevivente também reside no estado, Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública (SSP) paulista, determinou que uma equipe do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) auxilie a polícia do Rio no esclarecimento do crime.

“Por determinação do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, e do delegado-geral da Polícia Civil, Dr. Artur Dian, a Polícia Civil está enviando uma equipe do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa) ao Rio de Janeiro para auxiliar nas investigações das mortes de três médicos paulistas, ocorridas na madrugada desta quinta-feira (5), na capital carioca. A SSP se solidariza com os familiares das vítimas e está à disposição para colaborar com as apurações para esclarecer o crime“, informa nota divulgada pela assessoria de imprensa da pasta da Segurança de São Paulo.

Um delegado e quatro investigadores do DHPP vão sair do Aeroporto Campo de Marte num helicóptero da Polícia Civil direto ao Rio. Outra equipe de inteligência do departamento, com um delegado e quatro investigadores, vai de carro à capital fluminense.

Outros policiais em São Paulo pretendem ouvir parentes dos quatro médicos baleados no DHPP.

DIRETO DO PLANTÃO COM INFORMAÇÕES DE POLÍCIA

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