O secretário estadual da Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite anunciou, neste sábado (21/10), a criação de um gabinete de segurança integrado e permanente envolvendo os sete estados do Consórcio Sul-Sudeste (Cosud) para combater facções criminosas.

Derrite fez o anúncio no evento de encerramento do Cosud, na capital paulista, enquanto citava políticas que serão adotadas em conjunto na área da segurança pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“O mais importante é a troca de informações e de base de dados de inteligência, pois o crime é transnacional e tem que ser combatido de forma uniforme entre as forças de segurança no Brasil”, disse Derrite.

O secretário do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) mencionou a operação realizada na noite dessa sexta-feira (20/10) para recuperar nove das 21 metralhadoras furtadas do Exército e também fez um aceno ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), presente no evento, ao lembrar que a polícia fluminense já havia apreendido outras oito armas.

“É a prova de que a integração funciona, existe e é mais do que necessária”, disse Derrite de forma enfática.

Mais tarde, em entrevista coletiva, o governador do Rio, Cláudio Castro, endossou o intuito de um trabalho colaborativo entre os estados e afirmou que “fazer o combate regional é enxugar gelo”.

“Já ficou muito claro que a ideia de organização criminosa local, que cada estado tem seu problema, já caiu por terra. Estão se tornando máfias, sim, e estão mais plurais. Não é mais um problema do Rio de Janeiro ou de São Paulo”, disse o governador fluminense.

Zema defende “Otan nossa”

Conforme antecipado pelo Metrópoles, a temática da segurança pública foi uma das mais abordadas pelos governadores, que miram na onda de violência na Bahia a oportunidade de fazer um contraponto às políticas de segurança petistas, sobretudo na Região Nordeste, onde oito dos nove governadores apoiam o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu neste sábado uma aliança semelhante à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para promover mais segurança aos estados do Cosud.

O governador mineiro disse que “tendo uma Otan nossa para entrar em ação assim que for visto qualquer foco de incêndio” seria possível “transformar esses sete estados nos estados mais seguros do Brasil”.

A Otan é uma aliança militar criada durante o contexto da Guerra Fria para conter o avanço do socialismo na Europa. Na atual conjuntura do Brasil agiria como algo similar.

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