Bauru atingiu três dos sete parâmetros verificados pelo programa do Governo Federal. Já Marília não alcançou nenhuma delas.

O feedback do povo foi confirmado. Se as reclamações nos veículos de comunicação não encontraram respaldo da administração municipal, quem sabe agora alguma coisa seja feita. Fato é que o programa oficial que influi diretamente na liberação de recursos acaba de reverenciar e constatar o que a população de Marília, aponta de forma unânime.

A cidade realmente caiu assustadoramente, entre outros, a qualidade dos serviços prestados na área da saúde. O município perdeu posições no ranking das cidades paulistas, entre 100 mil e 500 mil habitantes, com melhor atenção primária na saúde. Os dados são da comparação entre o último quadrimestre de 2021 e 2022.

As informações fazem parte do programa Previne Brasil, que promove transferências financeiras para custeio da atenção primária com base no desempenho em índices que avaliam a qualidade da saúde ofertada à população, principalmente em relação a ações preventivas.

A classificação no ranking é baseada no Indicador Sintético Final (ISF), que considera o rastreio de câncer de útero, acompanhamento de pacientes com diabete e hipertensão, vacinação infantil, saúde bucal de gestantes, número de consultas pré-natal e exames de sífilis e HIV nesse público.

Confira a realidade de Marília

Para se ter uma ideia, em Marília, nenhum dos sete parâmetros citados acima bateu a meta estipulada pelo Ministério da Saúde, segundo dados do fechamento de 2022.

Apenas 40% das gestantes passaram por seis consultas pré-natal, quando a meta era de 45%. Em relação à vacinação infantil, a meta era de 95% imunizadas, mas apenas 85% receberam as aplicações.

Dos exames de sífilis e HIV, apenas 39% das gestantes foram testadas, quando o mínimo esperado era 60%. O mesmo percentual de mulheres deveria ter recebido acompanhamento odontológico, mas 38% foram.

Em relação aos exames para detecção do câncer de colo de útero, 16% do público-alvo foi submetido, quando a meta era de 40%, ou seja; já uma consequência da falta de ginecologistas nas unidades, fruto claro da transformação de UBS’s em PSF’s e a implantação apenas de médicos generalistas.

A situação mais grave foi o monitoramento de pessoas com diabete e hipertensão. Metade desses pacientes deveriam ter passado pela mediação de glicemia e pressão alta, mas apenas 14% e 13% foram, respectivamente.

Cada vez mais fica comprovado o discurso demagogo do atual gestor expertise que prometeu em campanhas eleitorais, oferecer uma saúde de primeiro mundo aos marilienses, inclusive contratando médicos caso não houvesse. Simples discursos, esvaziados ao confrontarmos com a realidade nua e crua nos atendimentos e estratégias de ação na atenção primária. ISTO É UMA VERGONHA, em uma cidade que arrecada milhões em impostos.

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