Chefe do Executivo de Bauru (SP), Suéllen Rosim (PSC), foi chamada de ‘biscate’ em uma postagem nas suas redes sociais. Agressor, um homem de 36 anos, afirmou ter sido apenas um ‘desabafo’ feito após ingestão de bebida alcoólica. Boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado.

A Polícia Civil ouviu ontem, sexta-feira (27) o responsável por um comentário machista nas redes sociais que teve como alvo a prefeita de Bauru, Suéllen Rosim (PSC). Ela registrou um boletim de ocorrência na última segunda feira (23 ) após ter sido xingada de “biscate”.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito se apresentou para prestar depoimento acompanhado de sua advogada e admitiu ser o autor da postagem de cunho ofensivo, afirmando ter sido apenas um “desabafo” feito após ingestão de bebida alcoólica.

O perfil do internauta, um homem de 36 anos, fez o comentário em uma postagem da prefeita que parabenizava o Noroeste, clube de futebol da cidade, campeão n último domingo (22) da Série A-3 do Campeonato Paulista.

Durante o depoimento, o autor das agressões, que foram registradas em boletim de ocorrência como injúria, calúnia e difamação, disse estar arrependido e que, inclusive, teria apagado o comentário depois.

O xingamento permaneceu na rede por cerca de dez horas, até ter sido apagado pelo agressor, que, segundo a prefeita, já havia se colocado como opositor na política, mas, desta vez, o comentário a agrediu como mulher.

Em postagem, prefeita de Bauru afirma que registrou boletim de ocorrência após ser xingada  — Foto: Instagram/Reprodução

“Quando é político, você releva, porque é normal a divergência, as pessoas têm o direito de se expressar, de não gostar, de se opor. Mas, desta vez, partiu para agressão verbal contra a minha pessoa em um nível bem desrespeitoso”, contou Suéllen em entrevista ao g1. Na postagem que fez para informar que havia registrado o boletim de ocorrência, a prefeita afirmou que a “internet não é uma terra sem lei”.

“Escolhi usar minhas redes apenas para publicar a vida pública, os feitos e andamento do mandato à frente da prefeitura, algumas coisas do meu cotidiano familiar e ministério. Porém, a lei já nos ampara quando as coisas ultrapassam todos os limites. Um completo desrespeito o que essa pessoa escreveu”, disse a primeira mulher chefe do Executivo de Bauru.

O envio de mensagens abusivas por apps de bate-papo ou por redes sociais pode ser responsabilizado tanto na esfera criminal quanto na cível. Em uma esfera, as penalidades são financeiras, como o pagamento de indenização; na outra, a pena pode envolver prisão. A polícia aguarda a manifestação da prefeita para prosseguir com a denúncia e a abertura do inquérito policial. Ela tem um prazo de seis meses.

A prefeita, em nota enviada ao g1, afirmou que “em face das notícias relacionadas ao andamento das investigações relativas a ofensa realizada contra mim em uma rede social, não obstante tenha sido noticiada a realização de manifestação de arrependimento pelo agressor, dada a gravidade de sua conduta, o procedimento terá seguimento da forma da Lei”.

Outras ofensas

Mensagens com conteúdo racistas contra a prefeita de Bauru foram divulgadas no Whats App  — Foto: WhatsApp/Reprodução

Essa não é primeira vez que a prefeita de Bauru é alvo de ofensas na internet. Antes mesmo de ter sido eleita, em novembro de 2020, Suéllen foi alvo de ofensas racistas e também de ameaças de morte. No caso das ofensas racistas, o autor foi identificado log depois.

O suspeito, um homem negro, informou que queria despertar uma discussão sobre “racismo velado”. O homem de 37 anos, morador de Bauru, foi liberado depois de prestar depoimento, no final de 2020, e responde pelo crime de injúria racial.

DIRETO DO PLANTÃO DE POLICIA COM INFORMAÇÕES DO G1

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