De coceira na pele à irritabilidade, você vai se surpreender com esses sintomas de diabetes

Ontem, dia 14 de novembro, segunda-feira, foi comemorado o Dia Mundial do Diabetes – data que sempre chama a atenção para a prevenção e o controle da doença que atinge, segundo estimativas da OMS, mais de 16 milhões de brasileiros adultos. Pouco se foi comentado sobre o assunto na mídia como um todo, por esta razão o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA foi a campo para trazer mais conhecimentos para você.


Uma pesquisa realizada pela PUCPR acompanhou e analisou pacientes adultos com diabetes tipo 2, identificando um declínio cognitivo nesta população. Os fatores de risco que explicam essa redução no desempenho cognitivo são idade, escolaridade, presença de hipertensão arterial, doença cardiovascular associada ao diabetes, sintomas de depressão e retinopatia diabética.

Os dados mostram que a avaliação cognitiva destes pacientes deve ser incorporada ao segmento ambulatorial para contribuir com a melhora do cuidado e a maior adesão ao tratamento.
Os resultados do estudo foram descritos no artigo “Risk factors for cognitive decline in type 2 diabetes mellitus patients in Brazil: a prospective observational study” (“Fatores de risco para o declínio cognitivo em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 no Brasil: um estudo observacional prospectivo”, em tradução livre), publicado na revista científica internacional Diabetology & Metabolic Syndrome.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), cerca de 90% dos pacientes apresentam o tipo 2 (DM2) da doença, quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz o hormônio de forma suficiente para controlar a taxa de glicemia. Da enfermidade decorre uma série de complicações em potencial, incluindo o declínio cognitivo. 

Foi para avaliar esse problema que pesquisadoras da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) realizaram estudo junto a pacientes adultos com diabetes tipo 2. O objetivo secundário da pesquisa foi verificar quais fatores poderiam estar associados ao desempenho cognitivo das pessoas com DM2 e seu declínio com o tempo. 

Durante consultas de rotina e acompanhamento, os pacientes foram submetidos a exame físico, triagem de sintomas de depressão e testes cognitivos (mini-exame do estado mental, teste de fluência verbal semântica, teste de trilhas A e B e teste de memorização de palavras). Dados demográficos – como idade e escolaridade –, ligados ao estilo de vida e tempo de diabetes também foram coletados. 18 meses depois, a bateria de exames foi realizada novamente. 

Numa população com média de 60 anos, 12 anos de diabetes e sete anos de estudo formal, em 18 meses houve declínio cognitivo em 14% dos pacientes. Os fatores de risco detectados no início e no retorno dos pacientes e relacionados a um pior desempenho cognitivo foram: idade superior a 65 anos, menos de seis anos de estudo e presença de hipertensão arterial, doença cardiovascular associada ao diabetes, sintomas de depressão e retinopatia diabética, uma complicação crônica do diabetes. 

“A pesquisa do desempenho neurocognitivo em pacientes com diabetes tipo 2 deveria fazer parte da rotina de consultas dessa população, especialmente em relação àqueles que apresentam maior risco, visto que a deterioração cognitiva pode interferir na qualidade de vida e no autocuidado. Além disso, é preciso alertar as famílias quanto ao momento em que o paciente pode necessitar de ajuda para suas atividades diárias”, afirma Ana Cristina Ravazzani de Almeida Faria, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde na PUCPR e professora da Universidade. 

Ana Cristina ainda explica que como alguns fatores de risco estão relacionados a hábitos, como tabagismo e sedentarismo, seu controle poderia minimizar o impacto da doença na cognição. Como níveis mais baixos de escolaridade também refletem no déficit cognitivo dos pacientes com diabetes tipo 2, é fundamental que o Poder Público realize cada vez mais investimentos em educação. 

Os resultados do estudo foram descritos no artigo “Risk factors for cognitive decline in type 2 diabetes mellitus patients in Brazil: a prospective observational study” (“Fatores de risco para o declínio cognitivo em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 no Brasil: um estudo observacional prospectivo”, em tradução livre), publicado na revista científica internacional Diabetology & Metabolic Syndrome. 

Em suma; Diabetes é uma das doenças mais diagnosticadas no mundo. Pode ser extremamente assustador para uma pessoa descobrir que tem a doença, no entanto, quanto mais cedo o diagnóstico, melhor para a saúde. Os sintomas são causados por níveis de glicose (um tipo de açúcar) mais altos do que o normal no sangue. Os sinais de alerta, porém, podem ser tão leves que quase ninguém percebe. Por isso, é importante ficar de olho em coisas como coceira, frequência que vai ao banheiro, ganho ou perda de peso e muitos outros. Quer saber mais sobre os sinais de diabetes? Então confira esta galeria.

Erupções cutâneas –

Muitos diabéticos notarão pequenas lesões redondas ou ovais na parte debaixo das pernas. Acredita-se que essas manchas, conhecidas como dermopatia diabética, ocorram em até 55% das pessoas com diabetes.

Machucados que demoram a cicatrizar –

Com o tempo, altos níveis de açúcar no sangue estreitam os vasos sanguíneos. Isso retarda a circulação sanguínea e restringe o desenvolvimento de nutrientes e oxigênio, o que dificulta a cura de feridas pelo corpo.

Hálito doce –

Diabéticos geralmente notam que desenvolveram hálito doce ou parecido com o cheiro de esmalte antes de serem diagnosticados. Hálito doce é frequentemente um sinal de cetoacidose diabética, uma condição na qual o corpo não consegue efetivamente converter glicose em energia, mantendo o açúcar no sangue em níveis perigosos se não tratado.

Coceira na pele –

Coceira na pele é frequentemente causada por diabetes e, às vezes, é um dos primeiros sintomas. Pode ser causada por leveduras ou infecção fúngica, pele seca ou má circulação.

Irritabilidade 

Quedas de açúcar no sangue, náusea, fadiga e má circulação podem deixar qualquer pessoa se sentindo menos do que feliz, muitas vezes deixando quem tem diabetes não tratada ainda mais irritado.

Fadiga 

Fadiga extrema é um dos sintomas marcantes da diabetes. Esse cansaço é causado por níveis flutuantes de glicose no sangue que não fornecem glicose suficiente para o corpo usar como energia.

Aumento da fome 

A fome intensa, ou polifagia, também é um sinal de alerta para diabetes. Nosso corpo usa a glicose no sangue para alimentar as células. Quando este sistema é quebrado, as células não conseguem absorver a glicose. Isso faz com que o corpo procure combustível constantemente, causando fome persistente.

Visão turva 

Níveis elevados de açúcar no sangue podem danificar a retina e fazer com que os níveis de fluidos em torno dos globos oculares flutuem. Isso pode deixar a pessoa com visão borrada ou prejudicada.

Fazer mais xixi 

Quando os rins têm que compensar o excesso de açúcar no sangue, significa, muitas vezes, que a pessoa frequentemente se encontra correndo para o banheiro.

Sede constante 

Como a pessoa precisa fazer muito xixi, pode ficar com muita sede. A combinação dos rins trabalhando excessivamente e da sede excessiva faz as pessoas com diabetes não gerenciada viverem no banheiro.

Boca seca –

Como o corpo está usando fluidos para fazer xixi, há menos umidade para o resto do corpo. A pessoa pode facilmente ficar desidratada, deixando a boca seca.

Perda de audição –

O açúcar alto no sangue pode afetar as células nervosas do ouvido e causar deficiência auditiva. Então, certifique-se de verificar isso durante o exame físico.

Perda de peso não planejada 

Se seu corpo não conseguir energia da comida, ele começará a queimar músculos e gorduras para ter essa energia. Isso fará com que você perca peso, mesmo que não tenha mudado a forma como come.

Náuseas e vômitos 

Tanto o açúcar alto quanto o baixo podem fazer a pessoa se sentir mal do estômago e esse sentimento instável é frequentemente o primeiro sinal de diabetes a ser notado antes do diagnóstico.

Sintomas de diabetes tipo 2 

Os dois tipos de diabetes têm em comum alguns desses mesmos sinais de alerta. Mas alguns são mais característicos da diabetes tipo 2. Esses sintomas tendem a aparecer depois que a glicose está alta há muito tempo.

Diminuição da libido 

Se sua vontade de ter relações íntimas é inexistente, diabetes pode ser a culpada. A má circulação e a depressão que muitas vezes acompanham a doença podem dificultar a excitação.

Depressão 

As rápidas variações do açúcar no sangue, que fazem parte da diabetes não tratada, podem causar mudanças profundas no humor, inclusive depressão.

Gengivas inflamadas ou infectadas 

Periodontite, também conhecida como gengivite, pode ser um dos primeiros sinais de diabetes tipo 2. Estudos descobriram que pessoas com gengivite, especialmente os casos mais graves, tinham maiores taxas de diabetes e pré-diabetes do que aqueles que não tinham gengivite.

Cochilos longos 

Estudos descobriram que pessoas que tiravam cochilos diurnos por mais de uma hora tinham 45% mais chances de ter diabetes tipo 2 em comparação com aquelas que cochilavam menos. Isso ocorre porque a privação do sono, a depressão ou a apneia do sono estão associadas a um risco aumentado de diabetes.

Disfunção erétil 

Para os homens, um declínio notável em sua capacidade de obter ereções pode ser um sinal de diabetes. Na verdade, até 71% dos homens com diabetes sofrem de disfunção erétil.

Infecções frequentes 

Qualquer um pode ter uma infecção bacteriana, fúngica ou por levedura, mas pessoas com diabetes tipo 2 tendem a obtê-las com mais frequência. O alto açúcar no sangue associado a diabetes pode enfraquecer o sistema imunológico de uma pessoa, tornando-a mais suscetível à infecção.

Síndrome do ovário policístico 

Para muitas mulheres, um diagnóstico de síndrome do ovário policístico (SOP) pode significar que o diagnóstico de diabetes está a caminho. SOP e diabetes estão associadas à resistência à insulina, o que significa que há problemas hormonais semelhantes em ambas as doenças.

Descoloração da pele 

Outro sinal de alerta de diabetes é a acantose nigricans. Esta é uma condição que causa descoloração na parte de trás do pescoço. As mudanças aveludadas e escuras da pele também podem ocorrer nas axilas e virilha.

Sensações estranhas no pé 

Cerca de 10% a 20% das pessoas diagnosticadas com diabetes já desenvolveu algum dano nervoso relacionado à doença. Pode-se sentir um estranho formigamento elétrico nos pés, ou ter diminuição da sensação ou do equilíbrio

Infecções por leveduras 

Homens e mulheres com diabetes podem ter infecções por levedura. A levedura se alimenta de glicose, então ter altos níveis de açúcar faz com que infecções deste tipo prosperem.

Ganho de peso 

Apesar de alguns diabéticos tenderem a perder peso, ganhar peso também é comum. Diabetes e desordens na tireoide normalmente andam de mãos dadas, fazendo os diabéticos serem mais suscetíveis ao ganho de peso.

Formigamento e dormência nos dedos 

O açúcar no sangue elevado pode causar danos nos nervos, o que muitas vezes é sinalizado por uma sensação de dormência ou pontadas nas mãos. Se não for tratada, a diabetes pode levar à morte do tecido e a amputações.

Sintomas de diabetes gestacional 

Mulheres grávidas podem correr o risco de ter diabetes gestacional. O açúcar alto no sangue durante a gravidez geralmente não tem sintomas, e é por isso que testes frequentes são necessários.

Quando ir ao médico 

Se você acha que pode estar experimentando algum dos primeiros sinais de diabetes, é importante fazer o teste. Quando a condição é descoberta cedo, danos nos nervos, problemas cardíacos e outras complicações podem ser evitados.

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