Que a INDÚSTRIA DA MULTA está de volta em Marília, já não é novidade, mas o que não se esperava era a sede para concebê-las. Desde a última terça-feira (23), nossa redação tem recebido algumas reclamações a respeito do funcionamento dos dispositivos instalados. Por uma questão até de adaptação, decidimos por bem apenas acompanhar por mais alguns dias para o período acomodação e aperfeiçoamento.

Passados quase 10 dias do período considerado válido para a multa, eis que as reclamações persistem e não houve outro jeito a não ser checar as denúncias que variam desde alteração no registro real de velocidade com acréscimo de 10 a 20% por cento em relação ao velocímetro do carro até a omissão do registro, em uma espécie de apagão do aparelho.

O primeiro caso denunciado é no radar instalado na avenida Rio Branco, em frente ao colégio Bicudo. Segundo três leitores deste portal de notícias, as velocidades divulgadas no aparelho registram uma variação de 10 a 20% em cada caso no momento do “click mágico”. Um deles chegou a ligar um aplicativo indicado pela nossa reportagem e fez questão de passar pelo mesmo por 3 vezes constatando a irregularidade que pode penalizar o motorista. O mesmo ocorre na via expressa Sampaio Vidal.

Não queremos sequer imaginar que o radar esteja programado para anular a margem de erro e automaticamente produzir multas irreais. Preferimos acreditar ser um defeito do aparelho e que as providências serão tomadas para sanear o problema, pois a partir de agora, fazemos questão de ficar de olho e fiscalizar alguns radares. MAS NÃO PARA POR AÍ

Na avenida Castro Alves, um dos primeiros a serem instalados, algo de muito estranho acontece para quem desce no sentido Praça São Miguel a portaria da Nestlé. O radar instalado neste trecho apresenta períodos de apagão enquanto os veículos passam. Não dá para saber se está marcando a velocidade real, inferior ou superior. Em alguns veículos registra, porém, em outros nada acusa no visor.

Chegamos a flagrar um veículo em velocidade reduzida que após passar o radar o visor acusou 60 km, ou seja; este já será contemplado com uma multa de R$ 880,41 e 7 pontos na CNH. O curioso é quando ele passou o visor estava apagado, ou seja; o motorista nunca ficará sabendo se a velocidade registrada é a mesma do velocímetro. UMA LOTERIA.

Em outros casos nossa reportagem registrou momentos em que o radar funcionava normalmente, mas em outros casos, se mantinha apagado, pelo menos aparentemente. Se tornou uma incógnita saber se está funcionando corretamente ou seria uma grande armadilha. Neste caso, cabe a você motorista reduzir a velocidade em pelo menos 10km por garantia, até que o problema seja sanado. Se tiver alguém ao lado, seria interessante registrar uma foto do velocímetro com a data e horário. É melhor prevenir, do que remediar. E TEM MAIS, CONFIRA;

Não adianta frear em cima; novos radares medem velocidade antes e depois do equipamento!

Você já ouviu falar no efeito Doppler? Mesmo que não conheça a teoria, definitivamente já o observou na prática. Isso porque ele é muito comum e acontece quando há uma variação na frequência de uma onda eletromagnética ou sonora em virtude do movimento relativo entre o observador e a fonte emissora.

Parece complicado, mas, na verdade, não é. Quando um veículo se aproxima e depois se afasta, você é capaz de perceber uma variação na tonalidade do som. Esse é o efeito Doppler, ele se estende muito além do som, podendo ser aplicado a basicamente tudo.

Agora, as grandes cidades estão implementando essa tecnologia em seus radares, o que possibilita fiscalizar a velocidade antes e depois de onde o equipamento foi instalado, não apenas no local, como funciona os aparelhos antigos.

Desse modo, na prática, não será mais possível frear em cima do radar e depois voltar a acelerar, o que é bastante comum. Inclusive, esses aparelhos já existem no Brasil, em cidades como Curitiba e São Paulo, essa tecnologia está se expandindo e sendo adotada por muitas outras. Portanto, em meio a tantas surpresas, é melhor não arriscar.

FATO É QUE, uma nova ação corre na justiça solicitando dados técnicos para a instalação destes radares em uma iniciativa do auditor aposentado Luis Carlos Silva, que se diga de passagem deveria ter sido tomada pelos senhores vereadores (as) que simplesmente se calam. Vale lembrar que ele já perdeu uma ação que solicitava a suspensão da instalação dos aparelhos, que foi indeferida pelo juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz.

É importante lembrar que apesar do desgaste político a instalação de radares que segundo afirma a administração SALVA VIDAS, SE TORNA INDÍSCUTIVELMENTE UMA EXCELENTE FONTE DE RECURSOS, a exemplo das praças de pedágios que repassam milhares de reais sem qualquer esforço para o cofre da viúva, ou melhor, da prefeitura. ENQUANTO ISTO, SE PISAR UM POUCO A MAIS, VOCÊ PAGA A CONTA. FIQUE DE OLHA NA TELA….

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