Há doze anos, um jovem de 23 anos invadiu a escola onde havia estudado no bairro de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e produziu um massacre que chocou o país: armado com dois revólveres, ele disparou contra os alunos, matando doze deles e cometendo suicídio em seguida. Na época, o episódio assustador foi tratado pela imprensa como de fato era até então: algo fora do comum no Brasil. Há alguns anos, no entanto, a ocorrência de diversos casos similares tem exigido atenção das autoridades e gerado preocupação em pesquisadores, que apontam caminhos para enfrentar esse cenário. 

Anteontem (5) uma creche em Blumenau (SC) se tornou alvo de um homem de 25 anos que tirou a vida de quatro crianças. Nesse caso, investigações preliminares não apontaram nenhum vínculo do agressor com a instituição. Há menos de dez dias, outro ataque causou uma morte e deixou cinco pessoas feridas na Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro Vila Sônia, em São Paulo. O crime foi cometido por um de seus alunos, de 13 anos. 

Nos últimos anos, outros episódios similares que tiveram grande repercussão no país também foram promovidos por estudantes ou ex-estudantes, como os registrados em Aracruz (ES) no ano passado e em Suzano (SP) em 2019. 

Ataque em escola de Goiás deixa feridos; autor seria estudante

Mais um ataque em uma escola aconteceu na manhã desta terça-feira (11), desta vez em Goiás. Um adolescente de 13 anos teria esfaqueado estudantes na Escola Estadual Doutor Marco Aurélio, em Santa Tereza de Goiás, no norte do estado. 

Segundo informações da CBN Goiânia, duas alunas foram feridas e o autor do crime foi contido por um funcionário da unidade escolar. A Secretaria Municipal de Educação e a Polícia Civil confirmaram o ataque, mas não informaram sobre quantos estudantes foram feridos ou o estado de saúde das vítimas.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc-GO) informou que o adolescente atacou as estudantes com uma faca e foi contido por uma professora, que não ficou ferida. As alunas tiveram ferimentos leves, receberam atendimento médico e uma delas já está em casa.

Segundo a Seduc, o estudante que promoveu o ataque não tem histórico de violência junto à comunidade escolar. O adolescente foi apreendido e está na delegacia de Santa Tereza de Goiás. 

Ameaça de massacres no dia 20 de abril preocupa escolas em todo Brasil

A direção da Escola Estadual João Guimarães Rosa, em Betim (região metropolitana de Belo Horizonte), está em alerta por causa de uma ameaça de massacre daqui a 13 dias. O aviso foi escrito na porta do banheiro feminino. Os dizeres são: “massacre no dia 20/4/2023. Me aguardem!”.

O recado está lá desde o começo da semana passada. Ao tomar conhecimento, a Polícia Militar mineira mobilizou agentes e reforçou a segurança no local. A Guarda Municipal fez o mesmo. Em paralelo, a direção da escola interrogou alunos, mas ninguém assumiu a autoria da mensagem.

A Secretaria Estadual de Educação informou que as atividades pedagógicas seguirão normalmente na unidade e que não haverá suspensão das aulas. A prefeitura, por sua vez, diz que a Guarda Municipal ajudará nas diligências que estão sendo realizadas pela direção.

Páginas das redes sociais divulgam possibilidade de um novo massacre em várias escolas a ser realizado no dia 20 de abril

Após a divulgação da imagem, multiplicaram-se nas redes sociais as informações sobre um suposto ataque orquestrado nas escolas e creches em diversas cidades do Brasil, no dia 20 de abril, quando o massacre escolar de Columbine, que acabou com 15 estudantes mortos nos Estados Unidos, completa 24 anos. São vídeos no Instagram e no TikTok, textos no Twitter e no Facebook, que deixam os pais em pânico. 

Toda e qualquer denúncia deverá ser levada ao conhecimento da Polícia Civil para investigação. Os policiais passam por constantes treinamentos para lidar nestas situações e estão preparados para orientar a todos os procedimentos adequados em qualquer situação de agressor ativo nas escolas ou autor de fake news.

O Ministério da Justiça, por sua vez, tem atuado contra as ameaças e propagação de “fake news” nas redes sociais sobre ataques a escolas, desde a ocorrência em Blumenau na semana passada. Até o momento já foram 270 contas no Twitter removidas por veicularem este tipo de informação.

DIRETO DA REDAÇÃO COM INFORMAÇÕES DO BEM PARANÁ.

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