A Petrobras anunciou nesta terça-feira (19/7) uma redução de 4,92% no preço médio da gasolina. A partir desta quarta-feira (20/7), o preço do litro vendido por suas refinarias às distribuidoras passará de R$ 4,06 para R$ 3,86, uma redução de R$ 0,20 por litro. O preço do Diesel não foi citado pela companhia.

Ao considerar a mistura vendida ao consumidor — 73% de gasolina e 23 % de anidrido —, a participação da companhia no preço final passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido nos postos.

A última mudança feita pela companhia no preço da gasolina foi em 17 de junho, quando o valor médio do litro subiu 5,18%. É a primeira baixa desde dezembro de 2021. Desde então, o mercado internacional elevou as cotações dos combustíveis. No âmbito nacional, a crise culminou na queda de dois presidentes da companhia nos últimos meses.

Os novos valores foram umas das mudanças realizadas por Caio Paes de Andrade, que assumiu a presidência da empresa no fim junho com o objetivo de frear novas altas nos combustíveis. A gestão de Paes de Andrade contou com o respiro nas cotações de petróleo — que atingiu menor valor desde o início do conflito na Ucrânia —, apesar do temor internacional em relação à possível recessão norte-americana.

Em nota, a estatal disse que a redução acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina. “É coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, informou a Petrobras.

Histórico de embate político

A redução dos combustíveis é uma das pautas mais debatidas pelo congresso e pelo governo federal neste ano. O consumidor já convive com a baixa nas bombas desde a lei sancionada pelo Presidente Jair Bolsonaro (PL), no fim de junho, que limita o Imposto sobre Comércio, Mercadorias e Serviços (ICMS).

Após a medida, o preço médio da gasolina caiu de R$ 7,39 para R$ 6,07, segundo a instituição que monitora os preços dos combustíveis no país, Agência Nacional de Petróleo (ANP). A redução nas refinarias deve empurrar o valor ainda mais para baixo.

O preço do Diesel também foi afetado pela nova lei, mas em proporção bem menor que o da gasolina, pois não apresentava impostos federais e a contribuição estadual era menor que o ICMS. Com os cortes tributários, o derivado caiu apenas 1,2%.

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