Em primeiro lugar gostaria de agradecer a EDITORA PONTO A PONTO, através deste importante portal, por me conceder este espaço para tornar público informações essenciais para de imediato suspender o processo licitatório do DAEM em andamento, mas contaminado desde a origem com a anuência dos senhores vereadores.
Enquanto a maioria dos veículos de comunicação na qual eu procurei se recusaram a publicar por vínculos comerciais com a empresa envolvida por meio de patrocínios, O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, demonstrou ser um canal de comunicação independente e comprometido com o interesse público e com a nossa cidade. Um jornalismo sem amarras e com espírito de cidadania.
As pessoas que me conhecem pessoalmente, sabem que não tenho nenhuma vinculação política. Como cidadão, faço o meu papel de cobrar justiça e transparência na gestão pública e por esta razão faço o que muitos vereadores não fazem, ou seja: FISCALIZAR AS IRREGULARIDADES, como neste caso.
Quando me proponho a ser um colunista deste PORTAL DE NOTÍCIAS de forma voluntária e com meus próprios recursos, deixo bem claro que, a minha intenção é passar a cidade a limpo e tornar público aquilo que a maioria da população não sabe e nem tem noção. Coisas que acontecem atrás das portas, em gabinetes fechados e na calada da noite.
Nesta minha primeira participação, não poderia deixar de falar sobre esta obscura licitação do DAEM. Fico bem a vontade para afirmar para toda a população de Marília, senhores vereadores comprometidos com a cidade e demais autoridades que, existem fortes indícios, segundo consta, de CARTAS MARCADAS da empresa que vencerá a CONCORRÊNCIA DA CONCESSÃO do DAEM, onde o nome será registrado em cartório. Documentos que seguem, deverão no mínimo serem investigados. NÃO SE PODE FAZER VISTAS GROSSAS PARA ALGO TÃO GRAVE, ENVOLVENDO O MAIOR PATRIMÔNIO DA CIDADE.
De forma mais clara, o que é provável ocorrer, é a continuação na prestação dos serviços de manutenção das redes, e que vai ser entregue a empresa que o DAEM, forneceu atestado técnico de serviços que não foram executados e sem nenhuma relevância técnica e misturando serviços de manutenções com obras.
ATENÇÃO: O Atestado refere ao CONTRATO: CST 05/2013 de manutenção de redes de água juntamente com obras de redes de água, que por lei não e permitido essa mistura. Foi licitado contendo no edital 159 (cento e cinquenta nove) itens, no atestado fornecido 162 (cento e sessenta e dois) itens, e foram executados 51 (cinquenta e um) itens e não executados 108 (cento e oito) itens: os 3 (três) itens que constam do atestado, não fizeram parte do EDITAL e foi colocado com certeza para ser utilizado em concorrência que fazia parte na Qualificação Técnica.
O Atestado falso do DAEM, foi utilizado no pregão presencial 01/2013 onde a empresa foi vencedora utilizando o atestado falso CAT Com Registro de Atestado 2620140010231 no CREA/SP. Pasmem, a Representação feita no CREA/SP, a Coordenadora engenheira civil e 89 conselheiros, sendo que os mesmos lavaram as mãos e querem que a representação corra pela esfera judicial, o que não concordei e hoje estou no aguardo do parecer do CONFEA – CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA – ENCAMINHADO EM 16 DE NOVEMBRO DE 2022. Comprove;
Pelo exposto, a empresa REPLAN, não poderia jamais participar do processo licitatório em curso e vou mais além, o prefeito em exercício Cicero do Ceasa após tomar ciência deste fato tem pela obrigação cancelar o processo licitatório ou no mínimo desabilitar a referida empresa.
No momento em que escrevia estas poucas, porém importantes e decisivas linhas, fui informado de que nesta terça-feira (19), teremos uma audiência pública, onde novamente o assunto da concessão será debatido. Embora a mesma já tenha sido votada vergonhosamente por 11 dos 13 vereadores sem qualquer questionamento, penso que; este documento que acabo de tornar público, precisa ser analisado aos olhos da lei. QUEM CALA, CONSENTE.
No que diz respeito aos senhores vereadores e vereadoras, o interesse do município deve sobrepor todo e qualquer acordo diante desta discrepante concorrência que foi comprovadamente iniciada já com as cartas marcadas para a referida empresa que por se beneficiar de documentação falsa jamais poderia estar participando do processo.
No mais, como um profissional da área há quase quatro décadas, fico tranquilo em falar sobre o assunto e reitero que o DAEM É VIÁVEL e plenamente rentável. O problema é que o mesmo foi sucateado de forma proposital e desde a administração de Vinicius Camarinha e agora Daniel Alonso, o mesmo é colocado à disposição da iniciativa privada que irá encarecer o valor da tarifa, sacrificando a população.
Vale lembrar que estamos acima do aquífero Guarani e a solução para a falta de água em Marília é a perfuração de no máximo três poços profundos e mais 5 grandes reservatórios. Poço raso como os que já existem não resolvem o problema, além do risco de contaminação. O restante é a troca das tubulações de amianto que já proibidas e a necessária reforma do sistema ETA, da represa cascata e a conclusão da represa do Ribeirão dos índios. Obras que podem contar tranquilamente com financiamento do estado ou da união. FALTA UM PLANO DIRETOR DE ÁGUAS.
MAIS SOBRE O COLUNISTA: ARI SARZEDAS Engenheiro Civil CREA – 0600310055 36 (trinta e seis) anos de experiência Serviço Municipal de água e saneamento ambiental de Santo André. ATIVISTA E ex-integrante da MATRA .
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