Levantamento aponta que o número total de internações por hemorragia intracraniana em 2023, no Brasil, foi de 34.618, sendo 7.706 mortes

Um levantamento apresentado no Congresso Nacional de Neurologia Multidisciplinar, no início do mês, mostra que o número total de internações por hemorragia intracraniana em 2023, no Brasil, foi de 34.618, sendo 7.706 mortes. Os homens foram os mais afetados com 18.395 internações, 16.223 mulheres também sofreram com a doença. A faixa etária masculina mais acometida foi de 60 a 69 anos, seguida da faixa de 70 a 79 anos. Entre as mulheres a faixa etária mais atingida foi de 60 a 69 anos, seguida da faixa de 50 a 59 anos. O levantamento foi feito baseado em dados do Departamento de Informações e Informática do SUS (DATASUS), de janeiro a dezembro de 2023.

Segundo Galileu Chagas, coordenador de Neurologia do Hospital Vila da Serra, Oncoclínicas Belo Horizonte, o aneurisma é a dilatação na parede do vaso sanguíneo e, muitas vezes, ele é descoberto quando se rompe. “É como se fosse uma bomba que explodiu. E aí, com todas as consequências disso, tem que tratar na urgência e é muito difícil”, detalha.

O médico destaca que o ideal é diagnosticar o aneurisma antes dele romper, para iniciar o tratamento que, hoje em dia, evoluiu. “Antigamente, você só conseguia tratar o aneurisma abrindo a cabeça e colocando um clipe. Hoje em dia, existe outro tratamento que é um cateterismo, igual ao do coração. Faz um furinho na virilha, sobe com um cateter e coloca um material pra eliminar o aneurisma. Pode ser um estende ou algumas micromolas de platina. O tratamento está muito avançado e muito seguro hoje em dia”, explica.

De acordo com o neurologista, é importante esclarecer que o derrame é o Acidente Vascular cerebral (AVC).

Existem dois tipos:

  • AVC isquêmico: é o infarto do cérebro.
  • AVC hemorrágico: a principal causa é a ruptura do aneurisma cerebral.

“Quando o aneurisma se rompe, é uma situação bem triste, existem casos em que os pacientes ficam bem, mas tem muitos casos que morrem ou até ficam com sequelas graves”, alerta.

O exame para detectar o aneurisma é a angiotomografia ou a angiorressonância. E, uma vez que um desses exames detectam o aneurisma, é necessário fazer o cateterismo do cérebro, que é colocar o estende.

O especialista destaca a importância das pessoas se protegerem contra a ruptura do aneurisma. Pelo menos de seis em seis meses, fazer um exame de sangue para saber dos níveis de colesterol, glicose, e outros indicadores importantes. Deve-se fazer um acompanhamento com médico, realizar os exames necessários, e se cuidar.

“O aneurisma pode acometer pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em pessoas de meia-idade, acima de 50 anos. Isso porque dá tempo do vaso ir sofrendo os efeitos da pressão alta, do tabagismo, do próprio envelhecer do corpo, e desenvolver essa dilatação na parede do vaso, que é o aneurisma. O exercício físico é importantíssimo para prevenir o risco cardiovascular e cerebrovascular”, conclui Galileu Chagas, coordenador de Neurologia do Hospital Vila da Serra Oncoclínicas Belo Horizonte.

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