Tarcísio diz que, em cidades com dois aliados, poderá se abster de participar das próximas eleições; Nunes não tem apoio de Bolsonaro

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou, nesta terça-feira (19/12), durante uma entrevista coletiva de balanço de seu primeiro ano de gestão, que não ficará contra Jair Bolsonaro (PL) nas eleições municipais do próximo ano e disse que ou ele apoiará o mesmo nome que o ex-presidente na capital paulista ou não apoiará ninguém.

A declaração representa um freio ao apoio, até aqui tido como certo, do governador ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) — que tentou, ao longo do ano, obter apoio de Bolsonaro, mas ainda não conseguiu. A sinalização acontece após uma semana em que a relação de Nunes e Tarcísio sofreu atritos por causa de divergências sobre o reajuste das tarifas de transporte (feito só pelo governador).

“O Bolsonaro é o grande líder do nosso campo, o campo da direita. O que vocês podem esperar é que eu jamais vou me colocar contra o Bolsonaro em decisão nenhuma. Não vou me envolver em campanhas eleitorais onde tiver voto dividido, onde tiverem candidatos do nosso mesmo campo. E obviamente vou ajudar a todos ou não ajudar ninguém”, disse Tarcísio.

“Bom diálogo”

O governador complementou: “O que eu desejo para São Paulo é alguém que possa ganhar a eleição e que mantenha o bom diálogo, o diálogo republicano com o governo do Estado de São Paulo, assim como eu tenho procurado manter com o governo federal”.

Bolsonaro, que chegou a ir à prefeitura da capital e participar de um almoço com empresários e Nunes em julho, em uma possível costura política mirando 2024, passou, nas últimas semanas, a defender o nome do deputado federal Ricardo Salles (PL) para o posto.

Embora a relação de Tarcísio com Numes tenha sido estremecida pela divergência sobre as tarifas, o governador costuma destacar que “dialoga” com o prefeito. Ele não tem boas relações, contudo, com o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro.

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