Milhões e milhões foram gastos em veículos de comunicação para divulgar e proliferar a informação. “É realmente a obra do século e que foi realizada pela nossa gestão, trazendo mais saúde e qualidade vida à população mariliense. Com o esgoto 100% tratado, vamos também atrair novas empresas, gerando mais renda e emprego para a nossa população”, dizia o chefe do Executivo, Daniel Alonso.

Um grande engôdo que aos poucos acaba caindo por terra, ou por água como queiram a cada documentário sobre o assunto ao nível nacional ou estadual. A qualidade da água em Marília é questionável, o tratamento de esgoto não está 100% tratado e enquanto em outras cidades, investimentos são realizados objetivando a qualidade, a obsessão por aqui é uma só; VENDER O DAEM.

O Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com GO Associados, publica a 16ª edição do Ranking do Saneamento com o foco nos 100 municípios mais populosos do Brasil. Para produzir o ranqueamento, foram levados em consideração indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base de 2022, publicado pelo Ministério das Cidades.

Desde 2009, o Instituto Trata Brasil monitora os indicadores dos maiores municípios brasileiros com base na população, com o objetivo de dar luz a um problema histórico vivido no país. A falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de pessoas e cerca de 90 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, refletindo em problemas na saúde para a população que diariamente sofre, hospitalizada por doenças de veiculação hídrica.

Os dados do SNIS apontam que o país ainda tem grandes dificuldades com a coleta e com o tratamento de esgoto. Comparando os dados do SNIS, anos-base 2021 e 2022, a coleta de esgoto subiu de 55,8% para 56% – aumento de 0,2 p.p. – e o tratamento foi de 51,2% para 52,2%, aumento de 1 p.p.. De acordo com os dados mais recentes, mais de 5,2 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente

A maioria dos municípios brasileiros tem avançado significativamente na melhoria de seus sistemas fundamentais de saneamento básico. O compromisso de melhorar a saúde única, termo que corresponde a saúde do meio ambiente e da população, e garantir o acesso à água potável e à gestão adequada dos resíduos, levou a avanços notáveis nas infraestruturas urbanas.

Vários municípios no Brasil implementaram medidas abrangentes para enfrentar os desafios do saneamento e têm se tornado exemplo a serem seguidos para alcançarmos a universalização do tratamento de água e esgoto em nosso país.

Segundo o ranking de 2024 do Instituto Trata Brasil, organização da sociedade civil de interesse público com foco nos avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país, os cinco municípios brasileiros com os modelos mais eficientes de saneamento básico são: Maringá (PR), São José do Rio Preto (SP), Campinas (SP), Limeira (SP) e Uberlândia (MG).

Através deste ranking podemos elencar as principais ações e serviços realizados em comum por estes municípios, como:

– O investimento pesado na criação e modernização de suas instalações de tratamento de esgoto e águas residuais, além da ampliação das suas redes de esgoto, atingindo mais áreas e aumentando o percentual da população com acesso ao saneamento adequado;

– A gestão de resíduos sólidos, implementação de programas de reciclagem e a construção de aterros modernos para evitar que esses materiais chegassem aos recursos hídricos e outras áreas naturais;

– Os programas de Educação Ambiental e envolvimento da comunidade para aumentar a sensibilização sobre a importância do descarte adequado de resíduos e da conservação da água.

De uma forma geral, essas são as principais iniciativas executadas por esses municípios que se tornaram modelo de saneamento básico e servem de exemplo para todo o Brasil.

Algumas tendências gerais, além das que já foram supracitadas, que estão sendo aplicadas nas regiões do nosso Estado e que estão surtindo efeitos positivos são:

Parcerias Público-Privadas (PPP): Algumas áreas estão explorando e implementando, parcerias para melhorar os serviços de saneamento básico nas suas regiões de atuação. Estas parcerias trazem conhecimentos especializados e financiamento do setor privado para melhorar as infraestruturas e a prestação de serviços nos municípios.

Programas e Planos Governamentais: Tem como objetivo criar iniciativas e diretrizes destinadas a proporcionar um melhor acesso à água potável, ao tratamento de esgotos e à gestão de resíduos sólidos.

Inovações Tecnológicas: A adoção de tecnologias inovadoras como métodos avançados de tratamento de esgotos, infraestruturas inteligentes e sistemas de gestão baseados em dados contribuem para soluções de saneamento mais eficientes e sustentáveis.

E precisamos entender que tudo é baseado em longos processos de sensibilização e mudanças de hábitos da população, das empresas e dos governos municipais, estaduais e federal.

Somente assim conseguiremos os resultados estipulados pelo Marco Regulatório do Saneamento Básico e a universalização do saneamento.

O RANKING DO SANEAMENTO 2024

O Ranking é composto pela análise de três “dimensões” distintas do saneamento básico de cada município: “Nível de Atendimento”, “Melhoria do Atendimento” e “Nível de Eficiência”1 . Nesta edição, Maringá (PR) foi a primeira colocada, seguida de São José do Rio Preto (SP) e Campinas (SP). Pela primeira vez na história do Ranking, três municípios alcançaram a pontuação máxima

disponível e, consequentemente, a universalização do saneamento. São consideradas universalizadas as localidades que contam com 99% de sua população com acesso à água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto. O número foi estipulado pela Lei 14.026/2020, o “Novo Marco Legal do Saneamento Básico”.

Por isso, os três ganharam nota máxima (10) em todos os oito indicadores contemplados nesta edição. Como critério de desempate, no entanto, considerou-se que o município com os maiores níveis de cobertura nos três indicadores da dimensão “Nível de Atendimento” (Indicador de Atendimento Total de Água, Indicador de Atendimento Total de Esgoto, e Indicador de Tratamento Total de Esgoto) deveria estar melhor classificado.

Confira, a seguir, os destaques do Ranking de Saneamento 2024:

1º – Maringá (PR)
2º – São José do Rio Preto (SP)
3º – Campinas (SP)
4º – Limeira (SP)
5º – Uberlândia (MG)
6º – Niterói (RJ)
7º – São Paulo
8º – Santos (SP)
9º – Cascavel (PR)
10º – Ponta Grossa (PR)

Metodologia. O ranking do Trata Brasil considera indicadores como acesso e eficiência do serviço, desperdício de água pelo sistema e investimentos no setor, usando como referência dados de 2022.

Ranking de Saneamento Básico

(10 melhores municípios)

*Ranking considera 12 indicadores, nos 100 maiores municípios do país | Fonte: Instituto Trata Brasil, com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)

Os 20 melhores municípios têm, em média, 98,8% da população com acesso a água potável. A média de coleta de esgoto é de 96%, e a de tratamento de esgoto, de 78,4%, segundo a pesquisa.

Nenhuma cidade das regiões Norte e Nordeste aparece no ranking das 20 melhores. Entre as mais bem avaliadas, Maringá saltou da 14ª posição para a liderança, em relação à última edição da pesquisa, divulgada em 2023.

Nas cidades com pior avaliação dentre as cem, na média, 82% da população tem acesso a água tratada. Nesse grupo, o índice de coleta de esgoto é de 28%, e de tratamento, só de 20%.

Cinco capitais da região Norte estão entre as 20 piores. Porto Velho ocupa a última colocação, seguida por… –

Os piores municípios, dentre os cem mais populosos, são:

100º – Macapá
99º – Santarém (PA)
98º – Rio Branco
97º – Belford Roxo (RJ)
96º – Duque de Caxias (RJ)
95º – São Gonçalo (RJ)
94º – Belém
93º – Várzea Grande (MT)
92º – Juazeiro do Norte (CE)
91º – Ananindeua (PA)

Mais de 32 mi de brasileiros sem água potável

Níveis de coleta e tratamento de esgoto evoluíram pouco no último ano, na média geral. De acordo com os dados, 56% da população tem acesso a coleta de esgoto, um aumento de 0,2 ponto percentual. O tratamento de esgoto cresceu 1 ponto percentual, de 51,2% para 52,2%.

A falta de acesso a água potável atinge 32 milhões de brasileiros. Mais de 90 milhões não têm acesso a coleta de esgoto.

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