É lamentável o que ocorre na cidade de Marília, município que já foi a califórnia do interior paulista entre os anos 50, 60 e 70. Da cidade que apresentou o maior crescimento mundial conforme registros até chegarmos a decadência de hoje, várias histórias, grandes empreendedores, lojas e redes que estão aos poucos jogando a toalha.

O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA e a MARÍLIA CENTENÁRIA, se tornaram baluartes na luta pelo IMPOSTO PROGRESSIVO, justamente para combater a especulação imobiliária fazendo com que meia dúzia de magnatas do ramo imobiliário e de construtoras introduzam uma política especulativa e que aos poucos está exterminando os lojistas da área central devido aos altos aluguéis.

Para piorar a situação, a ACIM que deveria defender os interesses dos comerciantes de forma mais arrojada, simplesmente se cala a fatos cruciais como, por exemplo, a zona azul. Sem falar a falta de promoções incentivadoras como ocorre em outras cidades.

O lado mais grave é justamente a administração municipal que nos últimos 20 anos somente tentou emplacar um tal de calçadão hibrido que na realidade não passa de uma calçada prolongada, sem qualquer atrativo. SE FAZ NECESSÁRIO UMA REURBANIZAÇÃO DA ÁREA CENTRAL URGENTE.

Tomamos a liberdade de publicar no ano passado uma sugestão para a mencionada reurbanização principalmente da rua São Luís com a ampliação da área considerada central para o comércio. Tal matéria, devido ao ano eleitoral, foi reprisada na edição digitalizada de número 87 do mês de maio último e postaremos neste final de semana como sugestão aos senhores candidatos para tentar salvar o centro de Marília.

COMÉRCIO NA UTI: O último a sair, apague a luz “no centro comercial mais caro do estado de São Paulo”.

Nas redes sociais desta semana, a repercussão na maioria dos grupos ficou por conta do encerramento das atividades de 4 lojas conhecidíssimas do consumidor mariliense e que por décadas comercializaram seus produtos de forma honesta e com preços competitivos, gerando empregos e principalmente impostos para o município.

Os motivos se diferem, mas com exceção a uma, a especulação imobiliária figura como um dos motivos que forçaram a medida que gera desemprego em massa em uma cidade com poucas oportunidades.

CYBELAR: Um império de 150 lojas, que fecha em Marília, mas continua em Pompeia e nas demais localidades.

A loja que com suas instalações na rua São Luís, 846, funciona em Marília há pelo menos 15 anos. Com um imenso show room de móveis e eletromédicos, a mesma desfrutava de uma carteira respeitável na cidade e conta com aproximadamente 8 funcionários.

Conhecidíssima, hoje a rede possui cerca de 1.500 funcionários, mais de 150 lojas e um centro de distribuição com 17 mil metros quadrados na cidade de Tietê. O prédio dever ser entregue ao seu proprietário até o próximo dia 30 de junho.

A Cybelar, é uma varejista sediada em Tietê, interior de São Paulo. A empresa foi fundada há 61 anos por um marceneiro dono de uma pequena loja onde, além dos próprios móveis, vendia produtos como fogões e colchões.

Seu faturamento este ano deve ser de R$ 750 milhões, resultado da venda de itens de linha branca, eletrônicos, móveis e celulares. No passado recente, a Cybelar desembolsou R$ 100 milhões para a compra de 62 lojas da rede gaúcha Colombo. Com isso, passou a contar com 150 pontos de venda espalhados por cidades do interior. 

A Cybelar se consagrou graças ao Expertise administrativo que enxergou Marília como uma praça cara no que diz respeito a imóveis, inviabilizando o projeto. A LOJA FECHA SOMENTE A UNIDADE DE MARÍLIA, “continuando a funcionar normalmente na cidade de Pompeia e nas demais cidades”. GRANDE PERCA E LAMENTÁVEL O MOTIVO.

ZAPP MÓVEIS: Duas décadas no comércio mariliense que se fecham deixando saudades

Outra gigante do ramo. Atualmente, contando com 37 lojas espalhadas pelo interior paulista e com um moderno sistema de gerenciamento de vendas e logística, garantindo qualidade e ótimos preços aos seus clientes.

Sua história começou na rua 9 de julho no ano de 2004 e anos depois acabou se mudando para a rua São Luís, 934. No momento a loja conta com 6 funcionários, pois já entrou no processo de encerramento das atividades na capital nacional dos radares.

O histórico é praticamente o mesmo. Segundo a gerência local, a rede está passando por um processo de dissolução de sociedade e com isto se faz necessário encerrar as atividades para voltar com nova razão social e nome fantasia. LOJAS MAIS PRÓXIMAS; LINS, GARÇA E BAURU.

O destaque negativo é que nas outras cidades as lojas continuam a todo vapor, mas em Marília o negócio é diferente e todos sabem muito bem. Não é à toa que muitas lojas de menor porte estão abandonando a area central e se dirigindo para os bairros com aluguéis mais baratos.

Coincidemente a loja encerra as suas atividades também no dia 30 de junho, caso ainda haja mercadoria, pois com a queima de estoque de mostruários, em caso de esvaziar o prédio, as portas poderão ser baixadas bem antes do prazo para a infelicidade dos marilienses.

AGORA É PRA VALER: Casa Formosa encerra as atividades depois de 80 anos. Prédio deverá ser entregue para novo proprietário em agosto

O primeiro alarde ocorreu em 2021, quando em plena pandemia, a Casa Formosa, tradicional loja de utilidades domésticas na rua Nove de Julho, anunciava o encerramento de suas atividades na cidade após mais de 80 anos de atuação.

A decisão da família pelo fechamento da loja ocorreu em razão da morte da proprietária, a professora Seiko Uyemura Takimoto, no mês de março, aos 75 anos. Na ocasião, o atendimento aos clientes estava sendo feito no balcão montado na entrada da loja.

A loja começou com o pai de dona Seiko, imigrante japonês. Teve início como “Irmãos Uyemura” uma rede de secos e molhados com unidades em várias cidades. O administrador de empresas Elton Takimoto, filho de Seiko, conta que seu avô comprou a parte dos irmãos na rede e a unidade de Marília se tornou ‘Casa Formosa’.

Dona Seiko foi quem começou a introduzir no negócio a venda de produtos de utilidades domésticas. Nas décadas de 80 e 90 funcionavam no mesmo espaço os produtos de secos e molhados e utilidades domésticas trazidas por dona Seiko de São Paulo.

Com o tempo a ‘Casa Formosa’ passou a vender apenas utilidades domésticas e os arranjos de flores, que tinham atenção especial de Seiko. “Minha mãe que começou a comprar flores artificiais, ela passava o tempo que ficava em casa montando os arranjos”, conta o filho.

Dona Seiko sempre foi muito ativa e estava à frente da loja em todos os setores. “A loja é uma história de mais de 80 anos na família. Meu avô veio com 14 anos do Japão, morou em uma fazenda que se chamava Formosa. Minha mãe deu aulas no Bicudo de manhã e à noite e à tarde trabalhava na loja”, disse Elton.

Mesmo com a chegada de grandes redes de lojas a Marília e a modernização do comércio, a Casa Formosa manteve seu estilo simples e tradicional de atender seus clientes no formato de armazém. E sempre manteve seu público fiel que encontrava tudo que precisava em utilidades domésticas na Casa Formosa.

Depois desde assunto e a repercussão que causou, o filho resolveu continuar, mas o assédio de magnatas começou e não teve jeito. A venda do prédio acabou ocorrendo. Com isto eles terão que entregar o prédio até o mês de agosto. AGORA É DEFINITIVO, A CASA FORMOSA ACABOU.

UM CASO DIFERENTE: Francine confecções fecha unidade da rua São Luís, mantendo apenas a unidade do Shopping Atenas.

A única com um caso diferente do histórico que está se tornando rotina. A Francine Confecções, é uma das mais tradicionais de Marília no segmento, que possui uma história com quase meio século de vida.

Segundo a gerência da loja, o fechamento da unidade encerra as suas atividades por razões particulares que infelizmente impossibilita a continuidade de funcionamento e atendimento ao público.

Infelizmente, a loja da rua São Luís que oferecia confecções para pessoas de bom gosto encerra suas atividades neste sábado (8), permanecendo apenas da Shopping Atenas de Marília.

É BOM LEMBRAR: Em fevereiro último, a cidade perdeu mais uma conceituada loja

Este processo de fechamento de lojas na cidade de Marília, a capital das multas e radares, vem se arrastando nos últimos anos, sem o mover de palhas da administração municipal. Além de dezenas de outras lojas de pequeno porte, lembramos uma de grande porte e também uma das mais antigas do segmento, o PARAÍSO DOS ENFEITES. A população simplesmente despertou com esse comunicado dos proprietários que segue.

“Prezados clientes e amigos. Após 45 anos de dedicação inabalável, chegou o momento de expressarmos nossa mais profunda gratidão por cada um de vocês, que tornaram possível o sonho extraordinário que foi a jornada do Paraíso dos Enfeites. É com grande emoção que nos despedimos no dia 28 de fevereiro de 2024, marcando este capítulo inesquecível com uma mega promoção em todo o nosso estoque até essa data. Não deixem de aproveitar esta oportunidade única. Partimos com saudades antecipadas, mas com o coração repleto de gratidão e a certeza de que nossa amizade e apreço serão eternos. Atenciosamente, Equipe Paraíso dos Enfeites”

HOJE O PRÉDIO ESTÁ ABANDONADO. E assim caminha a cidade, sem rumo, sem administração e sem envolvimento da entidade que lhes representa. A área comercial mais cara do estado inviabiliza qualquer tipo de investimento, valendo a pena somente para os magnatas. OS INTOCÁVEIS.

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