O novo diretor-geral da PF, o mariliense Paulo Maiurino, vai promover uma mudança na diretoria da corporação nesta quarta-feira (7), de acordo com pessoas próximas a ele. Depois da troca de diretores, Maiurino vai anunciar mudanças de superintendentes, ou seja, alguns nomes que comandam unidades locais da PF.

O delegado federal, Luiz Flávio Zampronha, deve ser anunciado o novo diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor). A área é considerada a diretoria mais importante da equipe porque comanda as operações. Maiurino e Zampronha são amigos e atuaram juntos na investigação do Mensalão.

Antes de ser confirmado, Maiurino esteve com o presidente Jair Bolsonaro, na sexta-feira (2) passada, levado pelo novo ministro da Justiça, Anderson Torres.

Maiurino tem 22 anos de PF e fez pós-graduação nos EUA. Filho do coronel Claudeonor Maiorino, que comandou o Batalhão da PM em Marília, Paulo Maiurino ocupou vários cargos nos governos federal e do estado, onde foi inclusive secretário de Esportes — nessa condição, esteve em Marília em 2017 e foi recepcionado como ‘visitante ilustre’.

O novo diretor da PF foi assessor especial de segurança do STF na gestão do ex-presidente Dias Toffoli, também mariliense. Maiurino também foi chefe da Interpol no Brasil entre 2009 e 2010, entre outras funções. Ele é o terceiro mariliense no alto escalão do governo Bolsonaro, onde já estão Bruno Bianco Leal (secretário especial da Previdência) e Juliana Domingues (secretária nacional do consumidor).

Internamente, o nome foi bem recebido, mas com cobranças de que Maiurino faça uma gestão atenta à categoria, já que o delegado passou os últimos anos fora da PF, dedicado a outros cargos.
Maiurino, no entanto, chega com um clima bem menos conturbado do que seu antecessor Rolando Alexandre, que assumiu em meio a acusações de interferência na PF, no ano passado.

“Vamos nos reunir em breve com ele e avaliar todos os pontos que sempre abordamos como entidade representativa dos policiais federais. Primeiro, a PF é polícia de Estado, não de Governo; ponto dois, o combate incessante à corrupção e, por fim, a defesa da corporação e seu componente humano, o mais importante para a PF”, afirmou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luís Antônio Boudens.

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