O cenário econômico do próximo ano ainda carrega muitos fardos de 2020, com contas mais caras para os consumidores. Há algumas, porém, que devem ficar um pouco mais baratas

O ano de 2021 deverá começar com um cenário econômico carregado, com aumento de preço de vários produtos e serviços e reduzindo o poder de compra da população. Para ajudar o leitor a acompanhar a dinâmica do mercado, separamos o que deverá ficar mais caro e o que deve ficar mais barato no próximo ano. Confira:

IPTU de Marília

Conforme informamos com exclusividade em matéria publicada no dia de ontem, o último ato do prefeito reeleito Daniel Alonso (PSDB) no ano de 2020 pegou a todos de surpresa e estourou como uma bomba nas redes sociais causando uma imensa manifestação de revolta e repúdio dos internautas. Para a surpresa de todos, o prefeito reajustou em 24,5% o valor cobrado pelo Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) em Marília.

Como de praxe, o reajuste pode ser feito por meio de decreto – sem precisar de autorização da Câmara – quando se respeita o limite máximo do IGP-M, também conhecido como índice inflacionário do aluguel. Embora em algumas cidades a decisão foi pelo não reajuste, Daniel Alonso aplicou o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumulado entre dezembro de 2019 e novembro de 2020.

Planos de saúde 

Com reajustes barrados em 2020 por conta da pandemia de covid-19, os planos de saúde irão ficar mais caros neste ano de 2021. Pelo que foi publicado, a Agência Nacional de Saúde (ANS) determinou que os beneficiários deverão pagar retroativamente o reajuste suspenso em 2020 devido à pandemia da Covid-19 .

O percentual máximo de reajuste dos planos individuais ou familiares contratados a partir de janeiro de 1999, ou adaptados à Lei nº 9.656/98, ficou estabelecido em 8,14% e é válido para o período de maio de 2020 a abril de 2021.

Dessa forma, além da mensalidade já reajustada, os boletos ainda trazem a cobrança dos valores que deixaram de ser pagos este ano, parcelados em 12 vezes, ou seja, até o fim de 2021.

Gasolina 

Na última segunda-feira (28), a Petrobras anunciou que decidiu aumentar em 5% o preço da gasolina nas refinarias. Já o diesel teve um aumento de 4%.

A avaliação do mercado é que, com a queda no preço do petróleo no mercado internacional, os combustíveis devam fechar o ano em baixa, mas que tenham novos aumentos no próximo ano com a retomada da atividade econômica e o controle da pandemia.

Vale ressaltar que a Petrobras vem seguindo o modelo internacional de atualização dos preços da gasolina desde 2016, aplicando reajustes de forma diária, observando as variações do produto e do câmbio. 

Energia

A partir de janeiro, a conta de luz terá o adicional da bandeira amarela, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no dia (23). 

Com a decisão, será cobrado um adicional de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Alimentos

Mais afetados pela alta demanda durante a pandemia de coronavírus em 2020, os preços dos alimentos deverão dar uma trégua à partir do segundo trimestre de 2021, quando deve ser liberado no mercado a nova safra de grãos.

Muito pressionados pelo dólar e pelo mercado externo, o preço dos alimentos no Brasil registrou uma inflação acumulada em 12 meses até novembro de 2020 uma alta de 4,3%. 

Aposentados 

Aposentados e pensionistas do INSS deverão receber um reajuste de 4,11% nos benefícios do próximo ano. A mudança faz parte do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) aprovado no Congresso Nacional no último dia 16 de dezembro. 

O índice de reajuste corresponde à previsão do INPC (Índice de Preços ao Consumidor) em 2020. Contudo, o reajuste final só será definido no início do próximo ano, após a consolidação do INPC e IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). 

Salário mínimo 

No dia de ontem, quinta-feira (31), o Governo Federal Publicou no Diário Oficial da União (DOU) uma medida provisória que fixa o salário mínimo em R$ 1.099,55 à partir deste primeiro dia do ano 2021.

Com isso, o piso nacional de rendimentos por trabalho termina 2020 com uma alta de 5,22%. O piso atual é de R$ 1.045.

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