Ao fim das eleições municipais, começou a articulação para quem pretende suceder João Doria. Como o governador já disse que não será candidato à reeleição — ele quer mesmo é ser candidato a presidente —, as forças que saíram vitoriosas das urnas começam a montar suas estratégias para disputar o cargo de governador paulista.

O jogo mais pesado está sendo travado no PSDB, que domina a política estadual há 30 anos. Pensando na atração do DEM para seu projeto presidencial, Doria quer projetar a candidatura de seu vice, Rodrigo Garcia, para sucedê-lo. Ocorre que Garcia enfrenta, desde já, uma guerra com o PSDB, que deseja ter candidato próprio. Geraldo Alckmin quer a vaga, mas anda desgastado por denúncias de caixa dois. É possível que surja um “tertius” nessa contenda.

Kassab

Estimulado pelo fato de seu partido, o PSD, ter sido o terceiro que mais elegeu prefeitos (654), Gilberto Kassab começa a se animar com a possibilidade de suceder Doria. Está até reeditando publicações que mostram o sucesso da sua gestão à frente da prefeitura paulistana (2006 a 2012). Quer se colocar como alternativa do governador à vaga.

Oposição

Há outros candidatos colocando as manguinhas de fora. Um deles é o senador Major Olímpio, que não esconde de ninguém que sonha ser governador de São Paulo. Essa vaga de oposição, no entanto, tem outros pretendentes, como Guilherme Boulos e Paulo Skaf. Este último está sendo anulado pelo governador por meio de sua aproximação com Baleia Rossi.

Fracasso em família

Governo do Estado de São Paulo

Márcio França não tem o que comemorar. Não foi ao segundo turno na eleição para a prefeitura de São Paulo, após ter sido derrotado por Doria para o governo paulista em 2018. E, pior, seu cunhado Pedro Gouvêa, atual prefeito de São Vicente, não só não conseguiu se reeleger como nem foi para o segundo turno. França já foi prefeito da cidade e se orgulhava de dar as cartas na cidade do litoral Sul.

Retrato falado

“Não vou usar a prefeitura para fazer palanque eleitoral”

Depois de ter sido reeleito, o prefeito Bruno Covas reconhece que seu nome se fortaleceu dentro do PSDB, mas isso não significa que pense em disputar outros cargos. “Presidente, eu só quero ser do Santos”, brincou. Covas garante que não vai usar a prefeitura como trampolim, mas disse estar disposto a influenciar para que o partido retome sua identidade. “Sou um subversivo dentro do meu partido. O PSDB precisa reforçar o compromisso com sua história social-democrata.”

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