Na manhã desta sexta-feira (25), um ataque a duas escolas deixou três mortos e outras nove feridas em Aracruz, na Região Norte do Espírito Santo (ES). Os alvos foram a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti e uma escola particular na mesma via.

O autor dos disparos ainda não foi identificado. De acordo com um PM que está no local, um jovem invadiu a escola estadual e disparou contra adolescentes. Na sequência, ele seguiu para a escola particular e fez novos disparos. A identidade das vítimas também não foi divulgada.

Carro da perícia recolheu corpos na escola

Em publicação no Twitter, Renato Casagrande (PSB), governador reeleito do Espírito Santo, confirmou a invasão. Ele cita a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti e a escola particular de ensino fundamental e médio Darwin. “Com sentimento de pesar e muita tristeza, estou acompanhando de perto a apuração da invasão nas Escolas Primo Bitti e Darwin, em Aracruz”, postou. “Todas as nossas forças de segurança estão empenhadas”, acrescentou.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, coronel Márcio Celante, acompanha a ocorrência dos ataques nas unidades educacionais. A Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e outros órgãos também atuam no atendimento das vítimas e diligências para localização dos suspeitos.

Em rápida ação atirador é preso após ataque

O suspeito de ser autor do atentado contra duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo. foi preso na tarde desta sexta-feira (25/11), na casa em que mora, no município. A prisão ocorreu quatro horas após os ataques. A polícia conseguiu identificar a placa do carro que o assassino usou para fugir da segunda escola. Os dados do atirador, que matou a tiros três pessoas e feriu 11, não foram divulgados pela corporação.

A operação de busca pelo criminoso foi feita em parceria com as polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal. Em coletiva de imprensa no local do crime, o secretário de Segurança Pública (Sesp), Marcio Celante, informou que o adolescente agiu sozinho. O agente informou, ainda, que o menino violou o cadeado do portão para entrar nas escolas. 

Prisão foi feita na casa do atirador após a polícia desvendar a placa do carro utilizado por ele para fugir das escolas que atacou em Aracruz, no Espírito Santo -  (crédito: Instagram @arthur_mcampos/Reprodução)

Entre o fim de setembro e o início de outubro deste ano, houve três casos de violência em escolas do Brasil.

No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste baiano. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola atiraram no rapaz, que segue internado. A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.

No dia seguinte, na cidade de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina (BA), um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca. Ele foi apreendido pela Polícia Militar.

No dia 5 de outubro, um adolescente de 15 anos foi apreendido após disparar contra três colegas em uma escola em Sobral, no interior do Ceará. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). Uma das vítimas, de 15 anos, morreu dias depois.

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