Mais um crime que revolta a população de Marília e região. A justiça de Marília conseguiu em um curto espaço de tempo desvendar o crime ocorrido no último dia 22 de outubro ( sexta feira), no conjunto habitacional Paulo Lúcio Nogueira, mais conhecido como o CDHU da zona sul. Na oportunidade o soldador Hélcio Carvalho Bertoleti de 56 anos foi encontrado morto no interior de sua casa com graves sinais de violência e o rosto completamente desfigurado.

Apenas para relembrar o caso, a equipe do SAMU ( Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ) chegou para atender a uma solicitação que teria sido feito por vizinhos. Ao chegarem , a vítima, Hélcio se encontrava morto sobre a cama com sangue espalhado pelos membros superiores e com várias manchas em um travesseiro, ao lado da cama de solteiro. A Polícia Militar foi acionada e preservou o local até a chagada da perícia e da equipe da delegada plantonista Renata Yumi Ono.

Em um trabalho rápido de inteligência, os investigadores após ouvirem algumas testemunhas se deslocaram até um bar próximo ao bairro CDHU e prenderam Cesar Augusto da Silva de 27 anos. Na sequencia, as diligências foram realizadas na casa da mãe de Suellen da Silva Bertolleti, de 24 anos. Já no interrogatório o rapaz, imputou a morte de Hélcio à companheira.

A mulher em seu depoimento negou ter matado o pai, mas, a policia conseguiu apurar que a vítima era acamada já algum tempo. Ele, Hélcio Carvalho Bertoleti, de 56 anos, acabou perdendo os movimentos de membros, após sofrer um AVC ( Acidente Vascular Cerebral ) .

Segundo o apurado, A filha, Suellen morava com o pai no referido endereço, e teria ficado responsável por cuidar dele. As suspeitas iniciais da polícia, que aguarda laudos periciais, é que o homem tenha sido espancado sem poder se defender e pode ter sofrido asfixia. O crime causou surpresa e indignação até para os investigadores pela frieza e crueldade.

Na sequencia dos trabalhos, a polícia conseguiu o depoimento de testemunhas que acabaram por denunciar uma madrugada barulhenta no apartamento de Hélcio. Os relatos indicarão para uma briga entre Suellen e seu namorado, César que supostamente teria culminado com o crime.

Filha relatou em áudio estar cansada de cuidar do pai que havia sofrido AVC.  

Ainda de acordo com as investigações, na manhã seguinte, o rapaz foi visto entrando e saindo várias vezes do apartamento. Pouco antes de o corpo do sogro ser localizado, o suspeito teria encontrado um morador e afirmado: “Vai lá ver o que ela fez com ele”. Para a polícia, uma clara referência à Suellen e à vítima.

Uma das principais provas materiais da polícia, consta uma gravação de mensagem de áudio atribuída à Suellen. Em mensagem à mãe, a acusada afirma que não suportava mais cuidar do pai. “Pelo amor de Deus mãe, não aguento mais esse cara. Ele caga para os outros limpar. Agora que aprendeu que os outros limpam. Está pesado mãe”, diz a jovem.

Em outro trecho que acabou por incriminar ainda mais a estudante, ela manifesta claramente o seu descontrole e afirma que vai matar o pai. “Eu quero matar ele. Eu queria enforcar ele. Eu estou morrendo por dentro, não aguento”, afirmou.

Delegado da Dig- Drº Luis Marcelo Sampaio

Além do áudio, no momento em que César foi preso, ele se encontrava bebendo e sem aparentar nenhum arrependimento, para piorar a situação, ele tinha nas calças respingos de sangue. Pelos autos, como o corpo não foi removido e não teria havido tentativa de socorro, para a polícia, a prova o coloca na cena do crime. Além disso, o jovem tinha ferimentos no punho direito, compatíveis com o emprego de força excessiva, com a mão fechada.

O casal foi indiciado por homicídio qualificado, por não ter dado chance de defesa à vítima. A polícia ainda aguarda laudos do Instituto Médico Legal para saber se Hélcio foi vítima de algum objeto perfuro cortante. Há suspeitas de que a vítima já vinha sendo vítima de violência, antes de ser morto no apartamento. A DIG também quer saber se a altura dos respingos na peça confirmariam se o homem estava deitado, ao ser violentamente agredido de forma indefesa. 

Os dois seguem presos de forma preventiva e com as provas colhidas, os investigadores acreditam que as versões ainda podem mudar no transcorrer do caso. A dupla deve ser ouvida pela Justiça, antes que o juiz da 1ª Vara Criminal prolate a sentença de pronúncia. Nesta etapa, será definido se Suellen e César irão ou não ser submetidos a júri popular. 

A grande pergunta que se faz é; como você avalia o fato de uma filha matar um pai indefeso, sem os movimentos em função das sequelas de um AVC, em uma cama, alegando estar cansada de cuidar do mesmo ??? E quando pensamos que fatos como este, só acontecem nos grandes centros, eis que, na realidade de nossos dias, a cena pode estar acontecendo perto da sua casa, talvez, bem mais perto do que você imagina. Final dos tempos…

DIRETO DO PLANTÃO POLICIAL

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