Os trabalhadores que fazem uso do transporte coletivo nas zonas norte, leste e parte da oeste, precisam se planejar para novamente não serem pegos de surpresa na próxima segunda feira, como ocorreu no dia 23 de fevereiro.
Nossa reportagem recebeu de forma exclusiva os documentos já protocolados anunciando nova paralisação no dia 15, próxima segunda feira, deixando milhares de trabalhadores sem o transporte coletivo.
Apenas para recordar, na manhã do dia 23 de fevereiro, a classe trabalhadora residente na zona norte, leste e parte da zona oeste amanheceu sem ônibus para se deslocar para o trabalho.
Por volta das 4H da madrugada daquela manhã, foi realizada uma assembleia com a presença de representantes do sindicato da categoria e os motoristas que por unanimidade resolveram entrar em estado de greve até que uma solução seja apresentada pela empresa. Após o alerta, retornaram as atividades às 13Hs do mesmo dia.
O pagamento foi efetuado na sexta feira seguinte e conseguiu impedir a greve já agendada para o dia 1º de março. No entanto, a empresa Grande Marília, que presta o serviço de transporte público por concessão do poder público na totalidade das zonas Norte e Leste e parte da zona oeste, comunicou a Prefeitura, por meio de um ofício, que seus ônibus só irão continuar circulando no município até o dia 31 de março próximo, ou seja, concedendo um prazo pouco superior a 30 dias para que a prefeitura tomasse as devidas providências.
A questão agora, além dos salários que novamente atrasaram, se deve a preocupação pelo pagamento das rescisões trabalhistas, em se considerando a já confirmada a ruptura de contrato. Pelo que apuramos, pelo menos 15 ônibus da nova frota apresentada no ano passado com grande festa em frente ao paço municipal, já foram encaminhados para a cidade de Bauru.
Nossa reportagem conseguiu apurar que a empresa conseguiu depositar 50% do valor devido do salário pendente, no entanto, sem previsão para a parte restante. Em contato com Josué Mattos, vice presidente do Sindicato da categoria, uma nova assembleia está agendada para 5H da manhã da próxima segunda feira (15), quando então, mediante a posição da empresa, os motoristas poderão deflagrar a greve.
Prefeitura não tem plano “B” para socorrer os usuários do transporte coletivo.
A exemplo do que ocorreu no dia 23 de fevereiro, a prefeitura não possui “plano B” em caso de paralisação dos motoristas. Com isso, os usuários, em boa parte composta de trabalhadores terão que recorrer para os transportes alternativos como moto taxi e automóveis de aplicativos.
Recentemente em matéria publicada com exclusividade pelo JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, o ex vice prefeito Tato Ambrósio chegou a sugerir a municipalização do transporte coletivo onde a passagem poderia até ser reduzida para R$ 2,00 reais, com inclusive a implantação do tarifa zero nos feriados e finais de semana para melhorar o trânsito da cidade, no entanto, sequer foi chamado para a apresentação a íntegra do projeto.
Já na câmara municipal, o presidente da casa, vereador Marcos Rezende deverá apresentar um projeto sugerindo a permissão do transporte alternativo de transporte coletivo com vans e micro ônibus. Nossa reportagem apurou que tal projeto já consta no plano diretor, faltando apenas a regulamentação.
Pior de tudo é que, o fato mais grave está por acontecer a menos de 20 dias, pois, no dia 31 de março a empresa encerra as suas atividades e, com exclusividade conseguimos apurar que não há interesse da empresa Sorriso de Marília em assumir as linhas que ficarão pendentes, pelo menos em um primeiro momento.
Avançando um pouco mais, diante de algumas especulações que já correm na cidade que; a EMPRESA GUERINO SEICENTO não está interessada em assumir o transporte coletivo na cidade de Marília. Outra possibilidade era o retorno da EMPRESA CIRCULAR DE MARILIA, que está totalmente descartada segundo fontes seguras.
Com isso, fica a pergunta; ” E AGORA PREFEITO ???”
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