A Câmara Municipal de Marília realiza nesta segunda feira (12) a 11ª sessão ordinária da 1ª legislativa da 20ª legislatura. Na pauta constam 46 indicações, 04 requerimentos que independem de discussão e votação, 16 requerimentos que independem de discussão, mas, são sujeitos a votação, 32 requerimentos que dependem de discussão e pelo tempo e o tradicional transcorrer das discussões, não serão apreciados nem a metade.

Na ordem do dia, que deverá se iniciar por volta das 19Hs, a divisão em duas pautas diferentes: a parte A, para a leitura da correspondência nº 865/2021 de autoria de 32 ( trinta e dois ) cidadãos identificados como funcionários da unidade de Pronto Atendimento Zona Sul, a consulta à Câmara, sobre o recebimento da denúncia, nos termos da Lei Orgânica e da Legislação Federal.

Na parte B a primeira discussão do Projeto de Lei 16/2021, do Vereador Luiz Nardi (PODEMOS) obrigando a divulgação de informações na forma de dados abertos pela Administração Pública Municipal direta e indireta .

Fato é, que tudo isso será apenas como sempre dizem no jargão popular, um enfeite no pavão, pois, o principal assunto da noite será mesmo a votação do aceite ou não da CP ( Comissão Processante ) que poderá cassar o mandato do vereador Agente Federal Junior Féfin.

TIRO PELA CULATRA: Decisão pode provocar efeitos colaterais adversos ao desejo político daqueles que movimentam os bastidores da votação.

Em verdade vos digo, a decisão está sim nas mãos da base do digníssimo gestor e prefeito municipal Daniel Alonso, juntamente com o presidente da câmara municipal Marcos Rezende, pois, serão necessários apenas a maioria simples, ou seja 7 votos. Basta se voltar um pouquinho no tempo e relembrar a votação de alguns projetos polêmicos, iniciando pela eleição da própria presidência da casa, onde o placar que na legislatura passada era o famoso 10 a 03, e, que agora passou a ser 11 a 02 ou 12 a 01.

Com isso, aparentemente a decisão dos nobres edis poderia até ser fácil, senão fosse a repercussão criada até a nível regional. Nas redes sociais, é grande a mobilização dos internautas que até organizaram com uma petição em forma de abaixo assinado para coletar assinaturas de apoio. Até a publicação desta matéria, passados pouco mais de 18 horas já haviam mais de 1070 assinaturas, numero este que, com andar da carruagem digital deverá ser triplicado até momentos antes do inicio da sessão histórica.

O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, realizou uma enquete na última quinta feira ( 8) perguntado a opinião de seus leitores a respeito do assunto. A pergunta foi uma só; Culpado ou Inocente ?

Com alcance de mais 1040 pessoas, e com o comentário de 19 leitores que não temeram represálias ( fato normal que ocorre nos bastidores da suja política de Marília), eles manifestaram com o destacável índice de 100% para a opção INOCENTE. Para complementar, uma mobilização está sendo organizada no dia sessão com centenas de pessoas, com horário à partir das 12Hs em frente ao prédio da Câmara Municipal com pessoas contrárias a CP. contra o vereador em questão.

As consequências de se aceitar a CP que poderá culminar com a cassação do vereador pode ser considerada um faca de dois legumes como diria o saudoso Vicente Matheus, lendário presidente do S.C. Corinthians. Se não aceitarem o vereador Agente Federal Junior Féfin poderá ser carregado ao final da sessão nos braços do povo e com isso, o estrago e o desgaste será menor para o presidente da casa, vereadores e até o prefeito municipal que comanda a decisão de votações dos vereadores de sua base.

Por um outro lado, se for decapitado pelo sistema , o mesmo vereador poderá no linguajar político, CRESCER COMO MASSA DE PÃO, ou seja; se for cassado a revolta da população poderá transformá-lo de vilão em mártir, e dependendo da penalização eleitoral pela cassação disputar outros cargos com um cacife eleitoral invejável criado justamente pelos seus algozes. Mesmo que não saia candidato, o seu apoio, poderá automaticamente ajudar eleger alguém que tenha o seu mesmo perfil de atuação na politica.

Como se vê, o feitiço poderá virar contra os feiticeiros. Por esta razão, os vereadores não terão um dia fácil, bem ao contrário do que mencionamos no inicio da matéria. Embora o prefeito tem uma base respeitável, o grande e emblemático problema será os efeitos de uma votação que vai contra os princípios da própria casa de leis que é fiscalizar as ações do poder executivo e questionar quando necessário. E AGORA NOBRE EDIS ???

VAMOS RECORDAR : Rixa entre a presidência da casa e o vereador ocorre desde as primeiras sessões camarárias.

As divergências entre o presidente do legislativo mariliense Marcos Rezende e o vereador Agente Federal Junior Féfin, já surgiram desde o questionamento do vereador Evandro Galete sobre o discurso rotineiro utilizado desde a campanha sobre o fato de abrir mão do salário de vereador, onde um embate sobre a verdade dos fatos acabou acirrando os ânimos.

Porém , o real motivo foi a divergência sobre a construção de novo prédio para a Câmara que iria gerar uma despesa em torno de R$ 200 mil reais para legislativo que, não possui arrecadação própria, ou seja, os recursos são repassados pelo próprio município que recebe os tributos do cidadão mariliense. Em outras palavras, você pagaria a conta.

O agente federal se posicionou contra e pediu a retirada do edital, e disse não ter sido consultado e classificou de “poder exacerbado” a autonomia que o presidente tem para propor e avançar na empreitada da nova sede.

Féfin já tinha usado suas redes sociais para se posicionar, mas aproveitou o tempo no pequeno expediente – período em que cada vereador pode usar a tribuna para assuntos livres – e cobrou Rezende. Projeto do novo edifício está previsto na modalidade “built to suit” (construído para servir).

“Total dessa obra, depois de 20 anos, pode passar de R$ 50 milhões de reais. Só fazer um cálculo simples de padaria”, criticou Féfin, ao destacar o reajuste anual pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM) e prever gastos superiores a R$ 200 mil por mês com a locação.

“Eu sou um vereador que não fui consultado. É uma decisão equivocada do Regimento dar esse poder exacerbado ao presidente da Câmara. É importante que os demais vereadores se manifestem”, convocou.

De forma astuciosa, Rezende não aceitou a fala a qual lhe foi dirigida e, antes do iniciar a votação de projetos, investiu em uma fala contundente em defesa de sua biografia e da necessidade da medida. Ele subiu o tom e chamou Féfin para o embate, ao mencionar suposto valor de salário do agente federal.

“Esse Poder (Legislativo) não pode ser colocado na sarjeta. Não podemos falar mal do Poder Legislativo, nós estamos trabalhando muito aqui. Eu trabalho diuturnamente e não ganho R$ 20 mil reais por mês não”, provocou.

“Nós temos que falar a verdade. Ganha-se R$ 20 mil reais e vem falar para o povo que ganha R$ 5 mil, mentindo na cara dura para o povo dessa cidade”, acusou. “Quem está mentindo?”, questionou o agente federal.

Eu não estou falando do senhor… Eu não tô falando para o senhor. Serviu para o senhor? Serviu para o senhor? Se serviu para o senhor, a carapuça é do senhor”, disparou o presidente da Casa, que continuou. “O senhor está cansado de enganar o povo, o senhor vai enganar o povo em outro lugar. Aqui não!”

Rezende chamou o agente federal de “mentiroso” pelo menos dez vezes, em referência ao fato do servidor federal ter aberto mão do subsídio de vereador e mantido o salário de agente federal, em cumprimento a norma da Polícia Federal.

O policial garante que não recebe os dois vencimentos porque abriu mão espontaneamente do provento da Câmara.

“Aqui não. Mentiroso, te chamei de mentiroso e chamo de novo. O senhor não tem a palavra, fica quietinho aí”, ordenou o presidente, sob os protestos (sem microfone) do agente federal.

Para arrematar, Rezende ainda usou expressões como “vereador engomadinho”, “bombadinho” e “calça apertada”, antes de declarar a discussão encerrada. “Não vem intimidar não”, reagiu Féfin.

De lá prá cá, qualquer palavra de ambas as partes se torna uma faísca atirada em um galão de gasolina. o resultado não poderia ser outro, mais cedo ou mais tarde. Prova disso foi a última sessão onde novamente os ânimos se exaltaram e, enquanto o Agente Féfin fez uma explanação no pequeno expediente apresentando sua defesa e complementando com a classificação de seu adversário como “sociopata”.

O presidente Marcos Rezende não deixou por menos e no intervalo para a Ordem do dia usou nada mais nada menos do que 31 minutos, fato inédito na casa para rebater a fala de seu desafeto, “colocando os pingos nos is”, segundo ele, e sugerindo ao vereador Féfin para se retratar junto aos demais vereadores devido a algumas falas que teriam ocorrido em seus discursos de pré e pós campanha eleitoral. No final a frase colocado pelo presidente foi ” eu vejo isso como desonestidade intelectual”. Enfim, um embate que só poderia desencadear dessa forma.

EPISÓDIO P.A SUL : Mas afinal, o que aconteceu na visita no caso específico da unidade P.A que não ocorreu nas outras ?

Nossa reportagem apurou que uma paciente que estava buscando atendimento no local declarou que ouviu o vereador gritando em alto e bom som com as atendentes da unidade. Ainda de acordo com Maria Ângela, o vereador chegou se apresentando como agente da Polícia Federal, mesmo estando afastado, e teria feito acusações gravíssimas, segundo ela.

Complementando os relatos, ele também teria gritado com outros funcionários públicos que lá estavam prestando atendimento na unidade de saúde, principalmente com as atendentes, em sua maioria mulheres, segundo outras testemunhas que se barbarizaram com o verdadeiro “barraco” que foi formado.

A gerente da unidade de saúde, Maria Ângela Rodrigues de Almeida Souza, afirmou de forma indignada para a imprensa; “Ele disse que nós estávamos matando as pessoas aqui dentro, dando medicamentos vencidos, que estávamos com falta de insumos”.

Ainda visivelmente emocionada e tensa pelo ocorrido, ela declarou; “É tudo mentira. Isso daqui não é brincadeira. Estamos fazendo o melhor que podemos para salvar vidas”, completou. Ela se disse humilhada e vítima, entre outras coisas, de suposto abuso de poder por parte do vereador por ser um também um agente da policia federal.

Em um relato mais preciso, segundo a vítima, o referido vereador iniciou o contato se apresentando como “o vereador agente federal”, que estava fiscalizando unidades de saúde que estariam com “situação ruim” e que queria saber o que estaria faltando, exemplificando medicamentos.

A vítima informou que nada estaria faltando, pois sempre que informou eventuais ao secretário da Saúde, foram prontamente atendidos. O citado vereador, então, em tom agressivo, disse que os medicamentos que estariam sendo ministrados aos pacientes estavam vencidos e ainda, no mesmo tom agressivo, afirmou que a vítima estaria se recusando a fornecer informações, dizendo também que: “Por isso estão morrendo tantos pacientes”.

Fazendo uso de celular, o referido vereador ainda teria insinuado que funcionários daquele estabelecimento de saúde estariam “matando os pacientes”.

A vítima intercedeu, pediu para que a gravação parasse, pois não autorizava expor sua imagem, tentou encobrir a lente do celular, mas com movimento de braço, o vereador investiu contra a vítima empurrando a e dizendo que ela deveria “se explicar também ao Ministério Público”.

É importante destacar que a vítima afirmou não ter sofrido nenhum tipo de ferimento em razão dos fatos noticiados ou seja; ela não teria sido agredida fisicamente conforme foi amplamente divulgado por alguns veículos de imprensa. Em tempo: relata a vítima que o citado vereador forçou entrada na ala restrita a pacientes da Covid, sendo impedido pelos seguranças, apesar de muito forçar”.

Para o discernimento claro e justo, as câmeras do sistema de segurança e as gravações na íntegra do celular do vereador Agente Federal Junior Féfin, serão de fundamental importância para elucidar os fatos ocorridos e porém descritos em versões diferenciadas que precisam vir a público para o melhor entendimento de todos. Se houve excessos de alguma das partes envolvidas que haja punição, e se ocorreu má fé e politicalha, que também hajam punições.

É importante destacar e relembrar aos nossos leitores que, nossa cidade não tem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) vagos para pessoas com sintomas graves da Covid-19. O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA de forma enfática e, por reiteradas vezes tem publicado matérias a respeito do assunto cobrando do prefeito Daniel Alonso, providências neste sentido.

É inaceitável em nosso ponto de vista o que ocorreu nos últimos dias, quando pacientes internados provisoriamente no mesmo PA Sul e na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da zona Norte morreram na fila de espera. Também reprovável a falta de medidas mais restritivas para se conter a proliferação do vírus maldito, citando como exemplo as aglomerações no transporte coletivo e falta de barreiras sanitárias.

Mas, voltando a importante pauta desta segunda feira, assim como publicamos o vídeo do vereador e presidente da Câmara Municipal, Marcos Rezende com suas colocações, dentro do nosso espírito democrático e transparente que busca a verdade dos fatos sem fanatismos partidários, estamos publicando no inicio desta matéria, como você leitor (a) já deve ter visto, o vídeo vereador Agente Federal Junior Féfin também com suas colocações e a sua versão dos fatos, e, por incrível que pareça, sem a solicitação do mesmo e captando de suas redes sociais conforme suas orientações, respeitando o seu posicionamento de não se relacionar com a imprensa de um modo geral.

Como sempre enfatizamos, NESSA TERRA DE GIGANTES, QUE TROCAM VIDAS POR DIAMANTES, não somos OPOSIÇÃO e tampouco SITUAÇÃO, mas temos POSIÇÃO, diante dos fatos. Para nós, o importante é destacar a luta pela transparência e melhoria na qualidade de vida dos munícipes que já pagam o pomposo salário para os nobres edis e assessores para cumprirem a sua função que é acima de tudo fiscalizar e apresentar projetos úteis para a cidade.

Enfatizamos que a crise na saúde em Marília é gigantesca e a situação do vírus em nossa cidade no que diz respeito ao combate ao coronavírus, está completamente fora de controle. São vários os questionamentos que a população realiza diariamente seja nas emissoras de rádio da cidade ou via redes sociais, visto que, um espaço que poderia ser ocupado principalmente por lideranças comunitárias, está cada vez mais encoberto com empecilhos que foram impostos pela casa justamente para impedir a expressão popular.

Estamos falando do TRIBUNA LIVRE, que em outras cidades ocorre durante o expediente da própria sessão camarária. Mas, estamos em Marília, a cidade de muitos, onde poucos mandam e ninguém pode se expressar ou se colocar contra o sistema, senão, acaba sofrendo perseguições e represálias. É um sistema da famosa politicalha, que impede questionamentos, palpites, opiniões e principalmente fiscalização.

È UMA PENA, UMA CIDADE TÃO LINDA, DE UM POVO TÃO COLOROSO, MAS, QUE É ORQUESTRADA POR FORÇAS SINISTRAS, que como diz Humberto Gessinger ” TROCAM VIDAS POR DIAMANTES”.

Que nesta sessão camarária, os interesses particulares e políticos sejam rejeitados para que a luz da verdade venha de encontro com ao povo, que está cansado de uma politica suja que nasce desde os porões sujos do congresso nacional, passa pela assembleia legislativa e infelizmente chega sim, a nossa cidade. Não vamos citar nem as aberrações do STF, mas ressaltar que os eleitores estarão de olho em cada voto, em cada fala, e lembro; ninguém é mais bobo para aceitar canto da sereia de cantores bem ensaiados. Falei, e está dito.

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