O cenário econômico no Brasil revela sinais de cautela entre os consumidores, à medida que se aproximam as principais datas comemorativas do comércio. De acordo com a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve um leve avanço de 0,3% em outubro, após um mês de estabilidade em setembro.

Embora o indicador ainda se mantenha em um nível de satisfação (104,2 pontos), a intenção de compra apresenta desaceleração, com seu crescimento mensal perdendo força desde abril de 2023. Na comparação anual, a intenção de consumo cresceu 19,7%, mas a taxa é a mais baixa desde outubro do ano passado.

“A desaceleração da inflação, que inicialmente impulsionou de maneira positiva a renda e o consumo, parece ter perdido vigor a partir de agosto, levando os consumidores a adotar uma postura mais cautelosa no segundo semestre”, destaca o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Por outro lado, há um impacto positivo notável na intenção de compra de bens duráveis, com um crescimento de 2,4% no último mês e de 56,7% na comparação anual. Embora o índice permaneça abaixo da marca dos 100 pontos, Tadros ressalta que a tendência de queda das taxas de juros de mercado tem incentivado os consumidores a planejar a aquisição de produtos de maior valor, especialmente a prazo.

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