Nesta segunda-feira (19 de fevereiro) ocorre a seleção de mais uma turma
que vai integrar a Sociedade Organizada Responsável pelo Riso e Intensa
Alegria (Sorria), grupo que desenvolve atividades de palhaçaria no
Hospital Beneficente Unimar (HBU) e outros locais. O processo seletivo
vai ser realizado a partir 18h, no anfiteatro do Bloco 9 da Universidade de
Marília (Unimar), localizada na avenida Higyno Muzi Filho, 1001 –
Campus Universitário, em Marília.

Os escolhidos vão receber uma capacitação nos dias 20 e 21, com o
palhaço e ator profissional Alexandre Penha, que atua há mais de 20 anos
na área de palhaçaria hospitalar. Penha explica que para os voluntários
atuarem não basta estarem apenas vestidos de palhaços.

“Eles precisam produzir a arte da palhaçaria. Por isso, eles vão receber as
orientações sobre todas as técnicas e principalmente regras para atuar neste segmento. A exemplo de todos que atuam no hospital, nas mais diferentes áreas, o palhaço precisa estar capacitado para desenvolver a sua atividade”, destacou.

Penha explica que a palhaçaria hospitalar está incluída na especialidade da
medicina integrativa, uma vez que a entrada dos palhaços auxilia no
processo de cura, que é completado com todos os outros profissionais. Ou
seja, todo mundo com a sua sua função e sua importância, todos juntos,
conseguem trazer uma sensível melhora ao paciente.

Segundo o palhaço profissional, o trabalho é muito importante porque a
entrada de um palhaço suaviza um ambiente muito sério e que é coberto de muita tensão que é o hospital. “A proposta é trabalhar um outro lado do
paciente, que é o lado que resgata a parte saudável da pessoa, jogando,
brincando, trabalhando, principalmente a imaginação dele. Para isso, são
usados elementos como a música, contação de histórias, mágica e outras
linguagens artísticas”, ressaltou.

Penha detaca que a melhora é visível de várias maneiras, tanto
biologicamente, como também socialmente e emocionalmente. “Quando
uma pessoa atua de maneira responsável, séria, não estando apenas vestido, mas atuando como palhaço no hospital, ela produz no paciente endorfina, dopamina e até mesmo inibe a produção de adrenalina, que às vezes gera estresse no paciente. Às vezes ele faz um relaxamento muscular e volta a se alimentar melhor, a falar melhor com a equipe médica ou com os familiares. Então, há uma parte da atuação do palhaço que colabora para o processo de cura.

A professora doutora Maria Elizabeth da Silva Hernandes Correa, destaca
que o núcleo de humanização do HBU atua em três frentes: junto à gestão,
aos colaboradores e aos usuários dos serviços que o hospital oferece. Dessa
forma, o Sorria é uma parte importante no trabalho de humanização junto
aos pacientes.

Ela lembra que o grupo é formado por estudantes, principalmente do curso
de medicina, e também de outros cursos, além de voluntários de outros
segmentos de Marília. “Eles levam alegria e leveza às pessoas que estão
internadas. O processo de hospitalização causa, em muitas pessoas,
sofrimentos tanto físicos quanto emocionais. E a atividade do Sorria, por
meio de brincadeiras, música, poesia, pode diminuir a dor dessas pessoas
para investir na vida e na promoção da saúde”, apontou.

História

A entrada da palhaçaria nos hospitais começou em 1986, nos Estados
Unidos. A partir de então, começou a se espalhar pelo mundo e chega ao
Brasil, em meados de 1992. “Eu acredito que o Brasil é o país que tem o
maior número de projetos, grupos e ligas que tem esse foco de levar
palhaços para esses espaços”, destacou Penha.

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