A conta simplesmente não fecha. Entra mês, sai mês, e o saldo insiste em ficar negativo no banco. Calma, respira. Pega a caneta e o papel, a calculadora, junte os boletos e coloque a matemática básica em prática.

Afinal, essa situação é mais comum do que se imagina no Brasil. De acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inandimplência do Consumidor), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o percentual de famílias com dívidas no país atingiu 65,6% em dezembro de 2019, maior nível da série histórica iniciada em 2010.

Neste inicio de ano, além da paradeira de janeiro, o mês de fevereiro é marcado pela volta às aulas e pelo Carnaval, onde literalmente o País paralisa suas atividades. Porém, dizem que o ano começa mesmo, justamente depois da folia de momo, e por esta razão, para te ajudar, o Jornal do Ônibus de Marília acompanhou as explicações do professor de finanças da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas) Cesar Caselani e destacou cinco passos para que sua conta bancária possa, finalmente, sair do vermelho.

1. QUAL O TAMANHO DO PROBLEMA?

O primeiro passo para organizar a sua vida financeira e acabar com as dores de cabeça é medir a bola de neve formada pelas contas. “É preciso separar um tempo para verificar todas as dívidas e ver qual o tamanho do problema sem deixar nada de fora”, explicou Caselani. Outro ponto importante dessa etapa é detectar quais ações foram tomadas para chegar nessa situação e, claro, não repeti-las futuramente. Afinal, aprender com os erros é fundamental.

2. COLOQUE NA BALANÇA

Depois de colocar na ponta da caneta todas as dívidas que estão pendentes, chegou a hora de identificar qual a sua receita – aquela quantia que de fato entra no seu bolso no final do mês – e seus gastos. Com isso, você poderá fazer um balanço orçamentário da sua situação. Essa etapa é fundamental para identificar em qual área você pode diminuir gastos para quitar as dívidas que estão acumuladas.

3. HORA DE RENEGOCIAR

Após identificar as dívidas e fazer o balanço orçamentário, é o momento de renegociar. A principal dica para esse momento é buscar por juros baixos. “Caso não seja possível diminuir os juros com o banco em que a dívida foi formada, o ideal é procurar outros com linhas de financiamento diferentes”. Chegar a um valor que poderá ser pago sem comprometer a sua receita também é fundamental.

4. MUDE OS HÁBITOS

Ufa! As renegociações deram um respiro para a conta bancária. Mas calma, daqui para frente será preciso “uma nova filosofia de gestão financeira”. A mudança nos hábitos é fundamental para que o problema financeiro não volte. “É preciso mudar a postura. Projetar a renda e controlar os gastos de uma forma mais realista e racional”.
Outra dica importante é se controlar na hora das compras. “O emocional te leva a realizar compras por impulso que, normalmente, são mais caras e desnecessárias”.

5. FUJA DO CHEQUE ESPECIAL E DO CARTÃO DE CRÉDITO

A situação apertou novamente? Fique longe do cheque especial e do cartão de crédito. Essas duas opções possuem “juros astronômicos”. “Nada deve ser feito a qualquer custo, que nesse caso são os juros altos. Todas as decisões precisam ser tomadas de forma razoável”. Para não precisar de ambos, a dica é se comprometer com as mudanças nos hábitos financeiros para que a situação não saia do controle.

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