Delegado pediu para ouvir Fabrício Buim Arena Belinato no presídio de Tremembé por causa de contradições nos depoimentos, mas oitiva foi cancelada. Vítimas foram achadas enterradas no quintal da casa delas em fevereiro deste ano.

A Polícia Civil de Pompeia (SP) finalizou o inquérito policial sobre as mortes de Cristiane Pedroso dos Santos Arena, de 34 anos, e sua filha Karoline Vitória dos Santos Guimarães, de apenas 9 anos, que foram achadas enterradas na casa onde moravam no dia 2 de fevereiro.

O psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato, marido de Cristiane e padrasto de Karoline, está preso no presídio de Tremembé pelos crimes. Com a finalização do inquérito, a polícia informou nesta quinta-feira (25) que ele foi indiciado por duplo feminicídio e ocultação de cadáver.

O crime de feminicídio tem pena que varia de 12 a 30 anos de prisão e a ocultação de cadáver, de um a três anos. O inquérito policial já foi encaminhado ao Ministério Público.

O delegado Cláudio Anunciato Filho, responsável pelo inquérito, pretendia ouvir o suspeito de 36 anos novamente depois de verificar inconsistências em seu depoimento oficial para a Polícia Civil. Fabrício confessou que matou as vítimas, mas apresentou versão que difere das provas do laudo da polícia científica.

Ainda segundo o delegado, ele disse que matou a menina de 9 anos asfixiada, mas o laudo do policia cientifica apontou traumatismo craniano na criança.

A justiça, então, autorizou que o suspeito fosse ouvido novamente no presidio de Tremembé para esclarecimentos, mas houve uma reavaliação por parte da Polícia Civil, que decidiu encerrar o inquérito, já que ele teve a chance de falar a verdade quando foi interrogado.

Em depoimento à polícia, Fabrício detalhou que matou a esposa primeiro m uma briga, em suposta legítima defesa, com um golpe de faca. Em seguida, ele admitiu que matou a menina asfixiada com a mão quase um mês depois porque ela estaria questionando sobre a presença da mãe.

Porém, o laudo do IML que apontou a causa das mortes trouxe informações diferentes que contradizem a versão do acusado. A polícia acredita que as vítimas poderiam estar dormindo quando foram mortas.

A principal linha de investigação da Polícia Civil é que a adolescente apreendida mantinha um envolvimento amoroso com o padrasto. Por isso, além do duplo homicídio e ocultação de cadáver, Fabrício é investigado por estupro de vulnerável pois teria abusado sexualmente da enteada mais velha há vários anos.

A adolescente negou participação no crime, mas a polícia acredita que ela deu cobertura ao padrasto e ajudou a enterrar os corpos. Segundo o delegado, ela indicou à policia o local exato onde estava enterrado o corpo da irmã.

DIRETO DO PLANTÃO POLICIAL

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