Estamos em contagem regressiva para o maior engôdo político da história da capital nacional dos radares. FALTAM POUCO MAIS DE 40 DIAS. Segundo a publicação do dia 2 de dezembro do ano passado no Diário Oficial, ficou designada para o dia 29 de fevereiro, a partir das 9h, a nova data da concorrência pública, para concessão do maior patrimônio da cidade de Marília.

A previsão é que os trabalhos se encerrem às 9h40 em uma transação milionária. HÁ NOS BASTIDORES QUEM DIGA SER UM JOGO DE CARTAS MARCADAS E AINDA APOSTAM EM QUAL EMPRESA SERÁ A VENCEDORA.

Enquanto não chega o fatídico dia, a cidade vive um caos com vazamentos pelos quatro cantos da cidade. Pior que isto, é a falta do líquido precioso nas torneiras constantemente e o questionamento sobre a qualidade da água que chega as torneiras.

Em diferentes pontos da cidade, surgem consumidores relatando a coloração diferenciada da água e o cheiro da mesma. Por está razão, mais uma vez a LUPA DO JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, ENTROU NOVAMENTE EM AÇÃO.

É sempre bom recordar que o relatório da Qualidade das Águas Interiores 2022, produzido pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e apresentado, lista série de dados negativos sobre índice de qualidade da água para abastecimento tanto na represa Cascata quanto no rio do Peixe em Marília.

Segundo diversas reportagens reproduzidas também por outros portais de notícia, a represa é citada repetidas vezes com baixos níveis de qualidade em quadro que já apontava problemas meses antes de caso de contaminação divulgado por ambientalistas e da crise de redução drástica do nível de água pela estiagem.

A Rede de Monitoramento de Qualidade das Águas da Cetesb atua desde 1974 com ampliação e aprimoramento. Além de 477 pontos de amostragem manual, a rede conta com estações de monitoramento automático em 17 locais estratégicos.

A qualidade das águas, avaliada pelo IQA – Índice de Qualidade das Águas, revelou que 79% dos pontos foram classificados nas condições Ótima, Boa e Regular, refletindo uma ligeira diminuição de pontos nessas categorias, influenciada, sobretudo, por uma menor disponibilidade hídrica nos corpos de água do estado. O relatório destaca má qualidade na represa Cascata, que apresentou alto índice de presença de cianobactérias, um indicador de poluição da água. “Houve detecção de atividade mutagênica em todas as campanhas de 2022. Esse reservatório também foi monitorado em 2012, quando não houve resultados positivos”, diz o levantamento.

Por outro lado, uma reportagem especial do Mapa da Água e a Repórter Brasil publicaram um estudo informando que teria sido detectada 1 substância com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer, acima do limite de segurança e 2 outras que também geram riscos à saúde na água de Marília entre 2018 e 2020:

Substância(s) com o(s) maior(es) risco(s) de gerar doenças crônicas, como câncer:

 Nitrato (como N) (Substâncias Inorgânicas)

O nitrato é classificado como provavelmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. O nitrato e seus compostos são utilizados na fabricação de fertilizantes, conservantes de alimentos, explosivos e pela indústria farmacêutica na produção de medicamentos vasodilatadores.

Substância(s) que também gera(m) riscos à saúde:

 Ácidos haloacéticos total (Subprodutos da desinfecção)

Os ácidos dicloroacético, tricloroacético, bromoacético e dibromoacético são classificados como possivelmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. Em altas concentrações, os ácidos haloacéticos também podem gerar problemas no fígado, testículos, pâncreas, cérebro e sistema nervoso. Os ácidos haloacéticos são classificados como subprodutos da desinfecção, formado quando o cloro é adicionado à água para matar bactérias e outros microorganismos patogênicos.

 Bário (Substâncias Inorgânicas)

A exposição prolongada ao bário gera efeitos adversos nos rins, segundo o ministério da saúde do Canadá. O bário e seus compostos são na fabricação de diversos produtos industriais, como plásticos, vidros, cerâmicas, eletrônicos, têxteis, lubrificantes, ligas metálicas, sabão e borracha. O sulfato de bário é usado como contraste em radiografias.

A direção do DAEM questionou as informações divulgadas, citando como casos pontuais. No fechar das cortinas, novamente a população volta a questionar a qualidade da água que chega às torneiras. No famoso fim da feira, a pergunta que fica é; COMO ESTÁ A QUALIDADE DA ÁGUA?

Existem diferentes formas de como saber se a água é limpa e própria para o consumo humano. E este ponto é muito importante, pois o consumo regular de água potável é fundamental para o funcionamento do organismo. A água controla a temperatura do corpo e auxilia no correto funcionamento do sistema circulatório.

Contudo, não ter como saber se a água é consumível pode representar um perigo para a saúde de quem a ingere. O risco de contaminação por micro-organismos eleva-se consideravelmente, ao invés de promover o fortalecimento do sistema imunológico.

Água potável

Em linhas gerais, chamamos de água potável aquela que está pronta para o consumo, livre de agentes capazes de transmitir ou causar doenças.

O órgão que determina a qualidade de água para o nosso consumo é o Ministério da Saúde, que segue critérios rígidos e específicos para esta análise. Atualmente, a legislação que trata de Potabilidade é a Portaria GM/MS Nº 888, de 4 de maio de 2021.

A água deve ser límpida e cristalina, ou seja, não ter uma aparência turva, além de livre de odores e sabores. Também é necessário que a água não apresente metais pesados e outras substâncias em concentrações que possam acarretar problemas de saúde. Mas a água que consumimos, para que chegue a este controle de qualidade, passa por um tratamento de várias etapas que irão garantir a sua saúde e segurança.

A água não tratada ou tratada incorretamente pode acarretar leptospirose, diarreia, dengue e outras doenças ou problemas de saúde.

Padrões de qualidade variados

Considerando a existência de diversos tipos de uso da água, os critérios que determinam a sua qualidade são igualmente variados, desde os parâmetros físicos, químicos e biológicos a orgânicos e inorgânicos.

A água potável para consumo, como já vimos, tem um padrão distinto da água usada pela  indústria, irrigação ou recreação. Os parâmetros considerados para o consumo da água são:

  • Biológicos: diz respeito aos microrganismos que podem ou não estar presentes e quantidades, uma vez que são causadores e vetores de doenças diversas.
  • Físicos: que diz respeito a aparência, como cor (a água deve ter transparência). Além disso, o ideal é que não tenha cheiro nem sabor provenientes de contato com bactérias, substâncias decompostas. Ainda no que diz respeito a cor, ela deve ser inferior a cinco unidades (esta medição leva em consideração que a água pode ter a cor natural alterada por elementos como algas ou dejetos de esgoto). 
  • Químicos: os parâmetros químicos devem ser altamente controlados pois também impactam diretamente a qualidade da água. São eles:

 – oxigênio dissolvido: é de suma importância, já que o oxigênio garante a vida de plantas submersas ou animais que tenham a água como habitat natural.

– alcalinidade: esse parâmetro serve para medir a capacidade da água de neutralizar ácidos. Sua quantidade desmedida pode interferir no sabor.

– dureza da água: este critério é consequência de metais bivalentes ou sais alcalinos terrosos que em excesso podem causar diarreia. O índice permitido é de 500mg/L.

– fluoreto: é recomendado para combater a cárie, mas em quantidade excessiva pode causar problemas ósseos e dentários.

– Ph: o PH da água pode variar de acordo com a sua origem, nem sempre será o mesmo índice, mas o ideal para consumo humano é 7. Isso porque inferior a este número pode deixar a água com agentes corrosivos e superior pode trazer alcalinidade em excesso. 

Para que a análise da qualidade da água seja feita de maneira segura, de acordo com os critérios de exigência estabelecidos pelo Ministério da Saúde, conte a experiência da Ambscience.

Dicas de como saber se a água é limpa

Uma das principais formas de como saber se a água é limpa é identificando se ela se encontra incolor, insípida (sem sabor) e inodora (sem cheiro). A água, também, deve estar livre de materiais tóxicos e microorganismos, como bactérias, protozoários etc.. Estes componentes são prejudiciais à saúde, ao contrário dos sais minerais, que devem estar presentes na água em quantidade necessária para o organismo.

Para saber se a água é limpa e própria para consumo, siga algumas dicas:

Analise a cor da água

Posicione o copo com água contra a luz e veja se há a presença de algum corpo estranho, ou mesmo se você consegue enxergar por entre o copo. Caso ela esteja embaçada, dificultando a visibilidade, pode ser que haja poluição e ferrugem nos dutos ou encanamentos fluviais. O mais correto é não ingerir qualquer água que apresenta uma condição diferente da sua transparência normal.

Observe se há cheiro na água

Isso mesmo. cheire a água e observe se há a presença de odor. A água potável e limpa não apresenta cheiro algum. Já a água que não está própria para consumo pode ter os seguintes odores:

  • alvejante: apesar de este odor não representar perigo, ele significa que a companhia de saneamento trata a água e a mantém limpa com cloro. O cheiro de alvejante, normalmente, desaparece após poucos segundos em contato com o ar e, para se livrar dele, um filtro caseiro é bastante eficiente.
  • Mofo: este cheiro também não representa grande perigo à saúde. O odor pode ser resultado da decomposição de matéria orgânico que pode estar presente no encanamento ou na própria água.
  • Enxofre: o odor deste componente químico é caracterizado por ser muito forte e ruim, e pode significar que há bactérias na água. Neste caso, é preciso recolher um copo do líquido e levá-lo para outro cômodo da casa. Após alguns minutos, caso o cheiro desapareça, quer dizer que há presença de bactérias no encanamento e estas devem ser eliminadas.

Caso o cheiro persista, não deve ser ingerida e a companhia de saneamento deve ser comunicada imediatamente.

Solicite a um laboratório a análise da água

É possível enviar para a análise de um laboratório especializado uma certa quantidade da água que chega até as residências, seja ela originária do abastecimento público, poço artesiano, mina ou nascente. O laboratório irá realizar testes de potabilidade da água, que pode, ou não, ter padrões saudáveis para o consumo humano.

Quem define esses padrões de potabilidade no Brasil é a Portaria 2914 /2011 da ANVISA. Para as residências, recomenda-se fortemente essa análise. Ela verifica se os seus parâmetros estão corretos e possibilita conhecer se a água é potável ou não e se oferece algum risco à saúde.

Quais os malefícios de beber água imprópria?

Não ter como saber se a água é limpa e, mesmo assim, ingeri-la, pode causar doenças como:

  • diarreia;
  • febre tifoide;
  • hepatite A;
  • infecção intestinal causada por bactérias;
  • leptospirose;
  • salmonela;
  • cólera;
  • rotavírus ou noravírus.

Estas doenças podem apresentar diferentes sintomas. Mas, ao se observar sinais como febre, dor abdominal, perda do apetite, dor de barriga, vômito ou calafrios, deve-se ir imediatamente a um estabelecimento de saúde. Lá, será possível identificar o que está acontecendo e iniciar o tratamento adequado. Além disso deve-se evitar a automedicação e ingerir somente água comprovadamente limpa e consumível.

Como tornar a água potável

Para tornar determinada quantidade de água própria para o consumo, deve-se utilizar uma solução chamada hipoclorito de sódio. Este componente pode ser encontrado em farmácias e supermercados. Pingue de duas a quatro gotas de hipoclorito de sódio para cada litro de água e espere, no mínimo, 30 minutos para consumi-la.

O hipoclorito de sódio serve, especialmente, para purificar a água que apresenta contaminação por vírus, bactérias e protozoários. Isso pode acontecer em águas de cisternas, poços artesianos, pequenos poços e com a água da chuva.

Importante! A água da chuva não é consumível. No meio do caminho entre a formação das gotículas nas nuvens e o chão, há diversas substâncias captadas por ela na atmosfera. E a água da chuva, na maioria das vezes, é tóxica, especialmente nas grandes cidades ou em municípios que ficam ao redor de indústrias.

DIRETO DA REDAÇÃO

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.