SENSACIONAL! É a definição que mais se aproxima a respeito do “1º Painel de Empreendedorismo – Nossa Identidade”.

O cenário brasileiro tem se modificado nos últimos anos devido a vários fatores, entre eles o desemprego em massa, a desigualdade social e a falta de acessibilidade para alguns grupos. Com isso, pode-se observar o crescimento de novas modalidades econômicas que as pessoas usam na tentativa para a independência financeira. O afroempreendedorismo é um desses exemplos, sendo uma estratégia para a valorização de trabalho da população negra e sua ascensão social.

Para entender o afroempreendedorismo, é necessário compreender primeiro o que é o empreendedorismo, um conceito amplo e que engloba várias questões, que não se resume apenas em abrir seu próprio negócio de forma criativa e inovadora. O afroempreendedorismo vem do ato de empreender, pensado pela e para a pessoa negra, encarando dois sentidos.

O primeiro sentido é quando uma pessoa negra abre seu próprio negócio. Independentemente do que seja, isso é chamado de sentido amplo. O segundo é mais restrito, de o empreendedor pensar em todo o processo da cadeia produtiva, envolvendo outras pessoas negras no processo.

O afroempreendedorismo tem muito da militância e envolvimento político. A partir do momento em que as pessoas negras decidem empreender, elas começam a se unir e a criar uma espécie de coletivo, um grupo que pensa as questões de coletividade. Esse modelo de empreendedorismo, portanto, transcende o ato de empreender.

Na semana que passou (18) a capital nacional do alimento foi palco para uma rica discussão pelo olhar clínico de pessoas que estão se destacando nos mais diversos campos de atuação valorizando-se e se tornando inspiração para muitas pessoas.

O Teatro Municipal de Marília-SP foi o cenário de 3 painéis de altíssimo nível, e não poderia ser diferente, já que cada painel contou com mulheres e homens que se destacam em suas áreas de atuação profissional, abordando temas sensíveis num tempo de revolução tecnológica e outras peculiaridades do século 21.

Assuntos abordados de forma leve, atraente e altamente impactante, além da grande oportunidade de network e qualificação das redes de relacionamento dos presentes.

Para abrilhantar ainda mais a noite, os artistas Lucas Sabino (cavaquinho) e Fernanda Reis (cantora) presentearam o público com suas apresentações, além do poeta Saulo Tobias.

O Instituto Aura deu início, com esse evento a um calendário de muitas outras ações permanentes em prol da educação, promoção da autoestima, empreendedorismo, desenvolvimento pessoal e profissional, reconhecimento e valorização da pessoa negra.

Foram expositoras a Luciana Santos, Juliane L. Carmo, Vanessa Lima, os expositores foram o Maurício Roberto, Ivan Negão e Mestre Pereira. O evento arrecadou alimentos que foram destinados ao Fundo de Solidariedade e teve como patrocinadora única a “Casa AMZ Interiores”, e o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Secretaria Municipal dos Direitos Humanos.

“Construiremos, juntos, caminhos por onde todos possam trilhar as suas jornadas em condições e possibilidades equiparadas. Foi uma noite memorável!” Disse Samuel Augustto, um dos idealizadores do evento.

“Assim como Martin Luter King, nós temos um sonho, de incluir, envolver e reconhecer pessoas que não tem as mesmas oportunidades e condições, sonho de sermos referência de preparar os caminhos para as gerações que ainda virão, através de empreendedorismo e educação. Faremos isso juntos!”, considerou Simone Souza, uma das idealizadoras do evento”

“Empreendedorismo negro no Brasil” vem ganhando força, diz IBGE

Os movimentos de empoderamento e afirmação das pessoas de pele preta vêm ganhando força em todo o mundo e chamando a atenção do mercado brasileiro. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), em pesquisa realizada entre os anos de 2015 e 2018, o grupo de pessoas que se declararam pretas ou pardas foi o único que cresceu.

Em 2019, essa parcela da população já representava mais de 56% dos brasileiros, dos 209,2 milhões de habitantes do país, 19,2 milhões se assumiram como pretos e 89,7 milhões pardos. Dados coletados em estudo “ Empreendedorismo negro no Brasil ”, realizado pela aceleradora de empresários negros PretaHub, da Feira Preta, em parceria com a Plano CDE e o JP Morgan, empreendedoras e empreendedores negros movimentam R$ 1,7 trilhão por ano no Brasil e mais da metade – cerca de 51% dos brasileiros que empreendem – são pretos ou pardos. Destes, 52% são mulheres.

Consciência

Segundo a ativista e cantora Yêda Labrunie, o crescimento de negócios destinados a esse público se deu pelo fato de o povo preto estar ganhando mais força e consciência para assumir de fato sua raça, por meio de trabalhos realizados por diversos movimentos pretos. “Uma prova disso é que o preto está assumindo mais seu cabelo, entendendo que somos bonitos como somos”, diz Labrunie.

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