Entenda porque um dos motores mais icônicos da montadora será descontinuado. Culpado tem nome e sobrenome.
A Fiat comunicou o encerramento da produção de um dos seus motores mais icônicos, o Fire. O equipamento foi lançado pela marca em 1985, mas começou a ser implementado em veículos brasileiros apenas nos anos 2000, em modelos como o sedã Siena e o clássico hatch Palio.
O motor Fire é o mais antigo do ciclo Otto em linha no Brasil, tendo sido o sucessor do Fiasa, equipado no Fiat 147 e também no Uno Mille após algumas modificações. Mas por que a montadora, pertencente ao Grupo Stellantis, está finalizando a produção de um dos seus principais motores?
A sigla Fire não remete a “Fogo”, como muitas pessoas acreditam, apesar de ser uma tradução literal correta da palavra em inglês. No entanto, o “Fire” do motor da Fiat significa Fully Integrated Robotised Engine, que, em tradução, fica Motor Completamente Fabricado por Robôs.
Além da curiosidade a respeito do nome, o motor Fire é considerado um marco para a montadora, que conseguiu aumentar a escala de produção de veículos e reduzir custos após a implementação do equipamento.
Atualmente, enquanto não sai de linha, o motor pode ser encontrado em um dos modelos de carros mais baratos e vendidos no Brasil no segmento dos hatches: o Fiat Mobi Like. Sua potência varia de 71/74 cv e torque de 9,3/9,7 kgfm, dependendo do combustível (gasolina ou etanol). Com o fim do Fire, os modelos futuros de Mobi virão com o motor 1.0 Firefly de 3 cilindros.
O motivo para a Fiat colocar um fim na produção do moyor Fire tem um nome extenso: Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve L8). Em suma, trata-se de um programa criado para regular as emissões de poluentes, previsto para entrar em vigor a partir de 2025.
Nesses casos, as montadoras precisam adaptar suas linhas e colocar um fim a certos modelos de carros que não se enquadram nas exigências. Algo parecido aconteceu em 2022, quando o Proconve L7 foi implementado.
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