Petista demonstra severa insatisfação em mais um ato da esquerda com baixa adesão

Durante discurso no evento em comemoração do Dia do Trabalhador, organizado pelas centrais sindicais em São Paulo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mostrou clara irritação com a baixa adesão ao ato. Segundo o presidente, a convocação para o evento de 1º de Maio, realizado no estacionamento do estádio do Corinthians, em Itaquera, não foi feita como deveria, o que reduziu o público do evento.

No palco, ao apresentar seus ministros, ele culpou Márcio Macedo, titular da Secretaria-Geral da Presidência, e tentou disfarçar o problema de falar para um público bem reduzido.

– Ele [Márcio Macedo] é responsável pelo movimento social brasileiro. Não pense que vai ficar assim. Vocês sabem que ontem eu conversei com ele sobre esse ato e eu disse para ele: “Oh Márcio, o ato está mal convocado. O ato está mal convocado. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”. Mas, de qualquer forma, eu estou acostumado a falar com mil, com um milhão [de pessoas], mas também, se for necessário, eu falo apenas com a senhora maravilhosa que está aqui na minha frente pra conversar com a gente – disse o petista.

Antes da fala de Lula, outros dirigentes de centrais defenderam maior presença de grupos de esquerda nas ruas, em contraposição aos atos de direita convocados por Jair Bolsonaro, ainda que sem citá-lo.

Nas redes, aliados do ex-presidente ironizaram a baixa participação nos atos das centrais sindicais, mesmo com a presença de Lula.

– Um boneco do Bolsonaro coloca mais gente na rua – ironizou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Além de Lula e Macedo, também estavam presentes o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e os ministros Cida Gonçalves (Mulheres), Anielle Franco (Igualdade Racial), Luiz Marinho (Trabalho), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), André Fufuca (Esportes), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Paulo Pimenta (Comunicações).

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato de Lula nas eleições em São Paulo também compareceu e discursou, o que poderia ser considerado crime eleitoral, já que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proíbe a propaganda política antecipada.

No ato promovido pela direita, no dia 21 do último mês, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, o pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PL, o deputado federal Alexandre Ramagem, esteve presente na manifestação, mas foi orientado pelos correligionários a não discursar para não correr o risco de ser punido pela Corte Eleitoral.

Lula comete crime eleitoral explícito 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, cometeu crime eleitoral explícito nesta quarta-feira, 1º de maio, na capital paulista, ao pedir votos para o deputado federal e pré-candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL-SP).

– Esse jovem está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo – disse.

E acrescentou:

– Ele está disputando com nosso adversário nacional, contra nosso adversário estadual e contra nosso adversário municipal.

Lula participou de ato das centrais sindicais para comemoração do 1º de maio e fez um pedido para a plateia que afronta a legislação eleitoral:

– Cada pessoa que votou no Lula em 1989, 1994, 1998, 2006, 2010, 2018 e 2022 tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo.

RAMAGEM SE ABSTEVE DE DISCURSAR EM COPACABANA
No ato promovido pela direita, no dia 21 do último mês, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, o pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PL, o deputado federal Alexandre Ramagem, esteve presente na manifestação, mas foi orientado pelos correligionários a não discursar para não correr o risco de ser punido pela Corte Eleitoral.

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