Não adianta disfarçar, a disputa pelas eleições municipais de 2024 já é pauta na política. Tão logo se findou a contagem das urnas, os olhos se voltaram para a sucessão nas prefeituras. O momento é de análise sobre como o cenário regional e nacional pode influenciar no processo. O desempenho de Lula e o retorno de Bolsonaro podem nortear escolhas e consequências.

Estrategicamente os líderes locais já começaram a se organizar com vistas as eleições municipais. Boa parte deles faz agora uma análise do potencial político próprio e de seu grupo. Como foram votados os candidatos apoiados pelos prefeitos que querem se reeleger ou eleger um aliado? Essa é uma questão que ainda é analisada. O sucesso nas urnas de um deputado estadual, federal, governador e presidente apoiado por um nome que deseja se lançar em 2024 é um bom termômetro.

Dentro desse contexto, ainda é preciso avaliar que tipo de campanha foi melhor recebida pelo eleitor no ano passado. Totalmente atípica, a eleição movida pela rejeição aos candidatos que marcaram a polarização na disputa presidencial pode resultar no maior afastamento do eleitor do processo eleitoral de 2024 e poucos estão se atentando para isto.

Embora se observe grupos aguerridos em redes sociais defendendo seus candidatos, ou mesmo participando de manifestos nas ruas, não se vê um engajamento da política propriamente dita, é mais uma etapa do “nós contra eles”. Verdade seja dita, o marketing de imagem já começou nas redes sociais e nos jornais e portais de notícias patrocinados por alguns governos municipais.

Nas eleições municipais de 2020 ficou claro que a polarização em âmbito nacional não se reflete tanto nas disputais locais. Daqui a pouco mais de 560 dias, conforme você verá abaixo em nosso calendário do tempo, a situação será bem parecida. Mesmo havendo alinhamento partidário e de pautas, o eleitor busca respostas por outras demandas em sua escolha para prefeito. Ou seja, as eleições de 2024, não serão extensão das realizadas em 2022. Existe uma certa diferença no modelo de disputa.

Mas isso não quer dizer que o próximo pleito municipal está totalmente dissociado com os resultados que as urnas nos deram. Voltando ao período da pré-campanha, já se observava um engajamento atípico de prefeitos e grupos locais na campanha presidencial e estadual.

Eles realmente vestiram a camisa de seus candidatos e levaram para suas cidades a polarização nacional, porém, alguns já mudaram seus posicionamentos, mas poderão ter dificuldades para assediar o povo, justamente devido à mudança. Certas “negociatas” não são bem-vindas no olhar clínico de um eleitor que passou a ser preocupar mais com a política.

Os eleitores não foram convocados em 2022 a escolher prefeitos, mas eles foram atraídos a entrar de cabeça na campanha. A importância de prefeitos na corrida presidencial foi acentuada. Tanto o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como, Jair Bolsonaro (PL), ampliaram o assédio sobre as máquinas municipais.

Essa realidade revela de forma notável que, de olho nas eleições municipais, prefeitos e pré-candidatos a prefeitos tiveram como prioridade se colocar ao lado do candidato a presidente. E no pós-eleição, aqueles que estiveram ao lado de Lula esperam ter mais vantagem na parceria administrativa junto a União. O grande alvo são os recursos e não importa de quem venha.

Ocorre que na maioria das cidades da região, Jair Bolsonaro ganhou com uma margem em torno de 65% a 82% enquanto alguns prefeitos ficaram em cima do muro e poucos tiveram a coragem de apoiar o Governador eleito Tarcísio de Freitas, fato este que só ocorreu no segundo turno. Isto poderá pesar um pouco e em alguns casos criar situações embaraçosas diante de um eleitor que está aprendendo a se politizar.

ENTRANDO EM CAMPO: Jornal do Ônibus de Marília dá o ponto pé inicial no processo sucessório de 2024

Rompendo as barreiras territoriais das cidades que circulam a nossa cidade, o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, embora com nohall em cobertura dos últimos pleitos eleitorais divulgando os resultados ao nível municipal, estadual e federal, devido à importância do processo eleitoral de 2024, antecipa a disputa sucessória e sai a campo para de forma exclusiva conhecer a realidade de cada cidade, os candidatos e o que espera população dos pseudo postulantes.

É fato que a polarização será inevitável. De um lado, a exemplo de 2008, Luis Inácio Lula da Silva tentará ganhar o maior número possível de prefeituras já visando 2026. Para isto, vai investir pesado nos partidos que estão lhe dando sustentação no momento, além do próprio PT.

Do outro lado, Jair Bolsonaro e sua esposa Michelle percorrerão o país, tentando reanimar os conservadores utilizando a estrutura do PL e contando com o apoio do governador Tarcísio de Freitas para seus objetivos no estado de São Paulo, onde nossa região está incluída. Conforme o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), próximo ao líder da legenda, Valdemar Costa Neto, estão sendo cogitadas inclusive novas motociatas. Os passeios de moto com apoiadores foram recorrentes durante a gestão do ex-líder do Planalto.

Um grande detalhe, é que os partidos de esquerda, nas cidades de nossa região, estão em baixa ou até inexistem, enquanto PL e Republicanos sobram na maioria das cidades. A grande Incógnita fica por conta do PSB de Geraldo Alckmim, vice-presidente e ex-governador do estado de São Paulo com muita influência, principalmente nas cidades pequenas. Para resumir, o “Pau vai torar”. QUEM PUDER MAIS, CHORA MENOS”.

Em síntese, a porteira está aberta e as negociações estão a todo vapor diante dos olhos vendados do eleitor. É nesta hora que a independência e a imparcialidade do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA mais uma vez faz a diferença e se propõe a abrir os olhos do eleitor com um trabalho de apresentação dos candidatos com seus prós e contras, complementando com pesquisas opinativas de forma presencial utilizando metodologias quantitativas e qualitativas.

Embora o foco maior seja Marília, nossa reportagem, como já citamos, irá acompanhar os processos de sucessão nas cidades de Oriente, Pompeia, Quintana, Herculândia, Tupã, Vera Cruz, Garça, Guaimbê e outras. Todas fazem parte de um leque político regional e que poderá nortear o processo eleitoral de 2026.

Como já citamos, o recado está dado; quem tem telhado de vidro é melhor se prevenir ou, em outras palavras; “AMARREM AS CALÇAS”, porque aqui, se mantém a tradição de um jornalismo sério, com muito café no bule, sem açúcar e torrado no sítio. As visitas às cidades já começam a ser agendadas pelo bem da democracia, da transparência, da liberdade de expressão e de nosso compromisso principal com o nosso leitor (a).

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