Depois dos presidentes do Senado e do TSE, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Luis Roberto Barroso, dirigentes de oito dos principais partidos, sobretudo de centro, se manifestaram contra ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao sistema de votação. No rol de legendas, estão PSL e DEM, que já foram parte de sua base de apoio.

Para os presidentes das siglas, o estado democrático de direito é inegociável:

“A democracia é uma das mais importantes conquistas do povo brasileiro, uma conquista inegociável. Nenhuma forma de ameaça à democracia pode ou deve ser tolerada. E não será”, escreveram na nota.

Políticos reafirmam confiança no sistema eleitoral, com votações por meio de urna eletrônica. Além disso, declaram que a oposição será firme a quem ameaçar o sistema democrático, numa clara referência a Bolsonaro:

“Temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro, que é moderno, célere, seguro e auditável. São as eleições que garantem a cada cidadão brasileiro o direito de escolher livremente seus representantes e gestores. Sempre vamos defender de forma intransigente esse direito, materializado no voto. Quem se colocar contra esse direito de livre escolha do cidadão terá a nossa mais firme oposição”, escreveram.

O comunicado conjunto é assinado por ACM Neto (DEM), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB), Eduardo Ribeiro (Novo), José Luís Penna (PV), Luciano Bivar (PSL), Paulinho da Força (Solidariedade) e Roberto Freire (Cidadania).

No Paraguai, Novas Urnas eletrônicas já permitem Checagem Impressa.

Publicações sugerindo que o voto não é auditável no Brasil circulam nas redes sociais somando mais de 35 mil compartilhamentos. A maioria das postagens menciona a aprovação de urnas eletrônicas com checagem impressa do voto no Paraguai . 

Em 21 de abril passado, a Justiça Eleitoral do Paraguai recebeu 15 mil “maquinas de votação” que serão usadas na capacitação de técnicos para as eleições municipais que, pela primeira vez, acontecerão de forma automatizada em 10 de outubro deste ano.

O gado-ao-contrário e as mentes diminutas, comenta Paula Schmitt | Poder360

A máquina de votação escolhida pelas autoridades paraguaias é igual à que aparece na imagem da maioria das publicações viralizadas e se diferencia da urna eletrônica por não armazenar dados. No caso paraguaio, a informação dos votos somente é armazenada por um chip e impressa em um “boletim de voto eletrônico” que deve ser conferido pelo eleitor, dobrado e depositado em uma urna de plástico. 

Segundo a Justiça Eleitoral paraguaia, a máquina de votação “permite realizar o escrutínio público, que é um dos princípios norteadores em matéria eleitoral”.

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