Tarek William Saab classificou os protestos contra o suposto resultado das eleições venezuelanas como “atos violentos e de vandalismo”
De acordo com o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, pelo menos 749 pessoas que participaram dos protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, em diversas cidades do país, foram presas até esta terça-feira (30/7).
Pela redes sociais, ele divulgou, ainda, informações sobre as consequências das manifestações: “A quem se atrever a sugerir que ontem foram manifestações pacíficas, informo que em consequência da violência desencadeada por estes atos, 48 responsáveis, entre militares e polícias, ficaram feridos”, escreveu.
O procurador classificou os protestos de “atos violentos e de vandalismo”. O Ministério Público da Venezuela acompanha as manifestações e a previsão é que novas prisões ocorram, caso os manifestantes continuem nas ruas.
ONGs falam em mortos e feridos
As ONGs do país divulgaram dados em relação a mortos e feridos. De acordo com as informações, quatro pessoas morreram e outras 44 ficaram feridas no decorrer dos protestos. Uma delas teria ocorrido na capital Caracas, outras duas na cidade de Aragua, que fica na região central do país, e uma outra em Yaracuy, no noroeste.
Um jornal espanhol chegou a divulgar informação de sete mortes por conta dos confrontos.
Desde que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informou a suposta vitória de Nicolás Maduro nas eleições desse domingo (28/7), opositores ao presidente venezuelano tomaram as ruas para questionar o resultado, alegando possível fraude na contagem dos votos.
O levante popular é somado, ainda, a questionamentos internacionais. Os governos dos Estados Unidos e de outros países questionam o resultado oficial do pleito da Venezuela e exigem a divulgação das atas de cada urna eleitoral.
González lamentou mortes nos protestos
O candidato da oposição Edmundo González foi às redes sociais para prestar solidariedade aos mortos e feridos nas manifestações:
“A minha solidariedade é com o povo face à sua justificada indignação. Lamentavelmente, nas últimas horas, temos notícias de pessoas falecidas, dezenas de feridos e detidos. Instamos as forças de segurança a respeitar a vontade popular expressa em 28 de julho e deter a repressão de manifestações pacíficas. Nós, venezuelanos, queremos paz e respeito pela vontade popular. A verdade é o caminho para a paz.”
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