A dívida bruta do governo geral (DBGG) chegou a 77,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em junho deste ano, o maior nível desde os 78,2% registrados em novembro de 2021, quando o país ainda vivia sob os efeitos da pandemia de Covid-19. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC). No total, o saldo da dívida bruta no último mês ficou em R$ 8,7 trilhões.

Segundo a autarquia, esse aumento decorreu principalmente dos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), das emissões líquidas (+0,6 ponto percentual), do efeito da desvalorização cambial (+0,3 ponto percentual), e da variação do PIB nominal (-0,4 ponto percentual).

No ano, o acréscimo é de 3,4 pontos percentuais, que decorre, segundo o Banco Central, da incorporação de juros nominais (+3,8 pontos percentuais), da emissão líquida de dívida (+0,9 ponto percentual), da desvalorização cambial (+0,6 ponto percentual) e do crescimento do PIB nominal (-2,1 pontos percentuais).

A dívida bruta do governo geral, que compreende governo federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e governos estaduais e municipais, é um dos principais indicadores econômicos observados pelos investidores na hora de avaliar a saúde das contas públicas. A comparação é feita em relação ao PIB para mostrar se a dívida do governo é sustentável.

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