Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vão concentrar esforços na manifestação da Avenida Paulista, no próximo dia 25, às 15h, abrindo mão de atos descentralizados. Os movimentos de apoio em Marília e cidades vizinhas, por exemplo, optaram por não se concentrarem na capital nacional dos radares e estão organizando em caravanas para São Paulo.

Investigação

O ato, na capital Paulista, foi convocado pelo próprio Bolsonaro, depois que a Polícia Federal deflagrou, no último dia 8, a operação Tempus Veritatis que investiga tentativa de golpe de Estado no país. Além de Bolsonaro, que teve o passaporte apreendido, estavam entre os alvos Valdemar da Costa Neto (presidente do PL), Walter Braga Netto (ex-ministro), General Heleno (ex-ministro) e Anderson Torres (ex-ministro).

Pressão popular

Diante do avanço das investigações, o ex-presidente tenta mostrar apoio popular. Bolsonaro sabe que o processo investigativo e judicial também sofre influência do timing eleitoral e da opinião popular. Uma eventual prisão do ex-presidente poderia provocar uma forte reação dos apoiadores e, a depender da narrativa de defesa, culminaria em transformá-lo, para seus militantes, em um verdadeiro mártir.

O cálculo político do clã bolsonarista também leva em conta que uma prisão precoce, mesmo que eventualmente haja provas, pode ser revertida antes de 2026, ano das eleições presidenciais. Sabendo do capital político que tem, Bolsonaro tentará demonstrar com a convocação do protesto na Avenida Paulista, que ele ainda é capaz de ampla mobilização de massa. Caso isso ocorra, as fotos aréas do protesto estarão entre os motes bolsonaristas nas redes sociais e fora delas.

Depoimento de Bolsonaro à PF durou quatro minutos

O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Polícia Federal nesta quinta-feira (22) durou apenas quatro minutos e as autoridades não realizaram nenhum questionamento. Isso ocorreu devido ao seu anúncio de que ficaria em silêncio durante a oitiva.

A defesa do ex-presidente tentou por três vezes adiar o julgamento, mas o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou os pedidos.

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