Presidente acusou o Congresso, com aval do STF, de dar um golpe de Estado contra Dilma

O deputado Evair de Melo (PP-ES) protocolou o segundo pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por crime de responsabilidade.

O petista disse no exterior que o Congresso Nacional promoveu “um golpe de Estado” contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. O rito constitucional teve o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) na época. O parlamentar afirma que Lula atacou os Poderes Legislativo e Judiciário.

“Lula ataca, de forma raivosa, abjeta e contrária à verdade, a democracia brasileira, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Trata-se de um discurso absolutamente mentiroso, falso em toda a sua extensão, que não pode ser aceito por este Parlamento”, disse Melo.

Na semana passada, o o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) também protocolou ação com a mesma justificativa.

Deputado bolsonarista pede impeachment de Lula: ‘Crime de responsabilidade

Com 26 dias de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) protocolou o primeiro pedido de impeachment. Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar aponta que o petista cometeu “crime de responsabilidade” ao afirmar que a cassação do mandato de Dilma Rousseff na presidência da República foi um “golpe de Estado”. 

A declaração de Lula foi feita em uma viagem para a Argentina, quando relembrou o impeachment de Dilma em 2016. “Vocês sabem que depois de um movimento auspicioso, quando governamos de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado que derrubou a companheira Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presidente da República do Brasil”, disse o presidente.

Sanderson (PL-RS) afirmou que o discurso do chefe do Executivo “atenta contra os Poderes e contra a Constituição Federal, situação que por si só impõe a abertura de impeachment pela flagrante prática de crime de responsabilidade”. Com isso, ele apresentou o pedido à Câmara dos Deputados. 

Agora, fica a cargo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), julgar se dará prosseguimento ou arquiva o pedido. No entanto, não há um prazo para que seja apreciado. 

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