Um recente artigo publicado no Lancet Psychiatry discute a situação da atual pandemia de Covid-19 e, dentro de suas consequências, especula sobre um possível aumento nos índices de suicídio. Quanto mais a doença se espalha, mais efeitos de longo prazo podem ser sentidos em diversas áreas da vida, gerando um maior impacto sobre populações consideradas como vulneráveis e, portanto, podendo afetar os índices de comportamento suicida. Por isso, é necessário pensar em medidas de prevenção ao suicídio de forma global e ampla.

A cidade de Marília não está fora do contexto, e mais um caso acaba sendo encaminhado para as estatísticas. A cerca de duas semanas, um homem de 51 anos, M.M atentou contra a sua própria vida utilizando como de praxe o enforcamento. Ele residia na rua Padre Francisco Rodrigues de Camargo na zona norte e chegou a ser socorrido pela unidade do SAMU.

Como de praxe, raramente o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIAS publica tentativa de suicídio que, ocorrem em um número muito mais expressiva do que os casos consumados. Neste caso, M.M foi socorrido e encaminhado ao HC ( Hospital das Clinicas ) mas, infelizmente não resistiu as sequelas e foi a óbito na tarde de ontem, domingo ( 14 ). Esse é o 5º suicídio em apenas e meses do ano 2021.

Um dos raros fatos que informamos ocorreu em 12 de fevereiro quando uma mulher queria se suicidar se jogando contra os veículos no viaduto próximo ao HC. Ela teria descido por uma das canaletas de escoamento de águas e partiu para a pista com o objetivo de ser atropelada. Foi neste momento, que o policial com muita agilidade conseguiu agarra-la e convencê-la a desistir do ato. A mesma estava emocionalmente descontrolada e chorava muito.

As estratégias universais têm como alvo toda a população e foca em certos fatores de risco sem se concentrar em um único indivíduo com certos riscos. Elas visam a melhoria da saúde mental e a redução do risco de suicídio na população.

Algumas dessas estratégias universais estão relacionadas aos seguintes aspectos: violência doméstica, isolamento/solidão/luto, consumo de álcool, problemas financeiros, questões referentes à divulgação midiática e o acesso aos meios para passar ao ato (quando já há uma ideação suicida).

Já as intervenções seletivas são voltadas para os pacientes com maior risco de cometerem suicídio ou para o grupo de pessoas que já apresenta um comportamento suicida. Neste caso, as medidas são voltadas para diminuir o risco nesta população e constituem-se por foco em comportamento suicida atual e/ou pacientes com transtornos mentais.

Violência doméstica

Os casos podem aumentar durante o período de isolamento social. A resposta adequada a isso passa pelo desenvolvimento de estratégias para dar suporte aos pacientes que sofrem com essa situação e garantir meios para que possam deixar suas casas.

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