O tempo passa e o eleitor Mariliense continua não confiando nas pratas da casa quando em um processo eleitoral. Dos candidatos a deputado federal e estadual, nenhum conseguiu votação suficiente para conquistar uma cadeira na assembleia legislativa (ALESP) ou Congresso Nacional.

Para manter a tradição, conseguiu em um ato generoso repetir a façanha de de 2018, novamente contribuindo para a eleição de deputados federais e estaduais residentes em outras cidades e até em regiões há quilômetros da terra de Bento de Abreu que mais uma vez ficará de chapéu na mão. O premio de consolação foi a reeleição do deputado estadual Vinicius Camarinha que mora em São Paulo e de Daniela Alonso, filha do prefeito Daniel Alonso que mora em Bauru.

O resultado final das urnas

Por incrível que pareça e independente da sigla partidária, nem mesmo a somatória de todos os candidatos seria suficiente para viabilizar alguma candidatura, mesmo com um cardápio constituído de boas opções se analisarmos pelo aspecto técnico e profissional.

Infelizmente em Marília não é diferente o conluio envolvendo veículos de comunicação que na realidade desenvolvem uma assessoria de imprensa em massa em favor desse ou daquele candidato. Aqui o dinheiro realmente faz a diferença na hora de conquistar o voto das mais diversas maneiras e metodologias praticadas longe dos olhos da justiça eleitoral. Confira a totalização dos votos obtidas por cada candidatura.

Para Assembleia Legislativa ( Deputado Estadual )

  • EVERTO BELASCO (PRTB ) = 0.897 VOTOS
  • MARCOS KOHLMAN (MOBILIZA) = 0.383 VOTOS
  • RAFA AMADEU (PDT) = 0.976 VOTOS
  • RICARDO PAOLIELLO (PTB) = 1.513 VOTOS
  • ROBERTO MONTEIRO (PSB) = 0.524 VOTOS
  • THIAGO ZANI (SOLIDARIEDADE ) = 0.766 VOTOS

Para o Congresso Nacional ( Deputado Federal )

  • FRAN DURAN (MOBILIZA ) = 00.084 VOTOS
  • HÉLCIO FREIRE (NOVO) = 00.641 VOTOS ( 262 aqui )
  • JULIANO CAMPESTRE (PATRIOTAS) = 21.908 VOTOS (10.250 aqui)
  • PAULA TOSIN (PSC) = 00.495 VOTOS ( 263 aqui )
  • PROFESSOR JUVENAL (PT) = O4.146 VOTOS (01.893aqui)
  • RENATO TAROCO (REPUBLICANOS ) = 20.897 VOTOS (01.698 aqui)

Eleitos para Assembleia Legislativa (Deputado Estadual ) não residentes em Marília, mas com parentes na cidade.

Em Marilia um fenômeno proporcionado pelos eleitores precisa ser estudado pela NASA. Se nas redes sociais, emissoras de rádio e jornais ou sites de linha independente os mesmos reclamam diariamente da falta de médicos nos postos de saúde, ruas esburacadas, falta de remédios, escassez de ônibus de transporte de coletivo, falta de opções de lazer, praças de pedágios, promessas da AME+ e batalhão do BAEP entre outras, nas urnas, a conduta contraria todas as falas e manifestações.

Pelo lado positivo, ou seja pelo viés político, Marília encerrou um jejum de mais 50 anos, emplacando uma dupla representatividade na Assembleia legislativa. A última e única vez que isso ocorreu foi durante os anos de 1963 e 1971 com Fernando Mauro Pires da Rocha (1914-1985-fal ) e Diogo Nomura (1920-2005-fal ).

Acreditem se quiser, mas, a filha do prefeito Daniel Alonso que segundo as informações estaria já residindo em Bauru, mesmo em que pese a alta rejeição do pai, acabou se elegendo com 29.499 votos da cidade e 50.838 de outras cidades, totalizando 80.337 votos.

Pela óptica do empoderamento feminino e pelo crescimento das mulheres na politica, pela primeira vez, Marília será representada por uma mulher no parlamento do estado de São Paulo. Ela fará dobradinha na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo com Vinícius Camarinha (PSDB), reeleito pela quinta vez em sua carreira política.

Vinicius repetiu o feito de ter sido sempre o mais votado da cidade para o cargo de deputado estadual, agora com 43.171 votos na cidade, somando aos 80.145 votos de outras cidades que totalizaram os históricos 123.316 na soma geral, quase o dobro dos 65.441 conquistados no ano de 2018.

Apenas para relembrar, desde 2007, Vinícius era o único representante de Marília na Assembleia legislativa. Saiu para ser prefeito por um mandato (2013-2016), mas, como não foi reeleito saindo com uma reprovação recorde acabou retornando. Seu primeiro mandato como deputado estadual, aconteceu entre 2003 e 2006, quando o mesmo dividiu a legislatura com Joseph Zuza (PRP), então candidato por Pompeia (SP), mas, com escritório político em Marília.

Eleitos para o Congresso Nacional (Deputado Federal ) não residentes em Marília.

Marilia mais uma vez foi celeiro de paraquedistas a exemplo de outras cidades medianas, onde o eleitor é facilmente abduzido literalmente. Aqui descartamos os candidatos eleitos ao congresso nacional com grau parentesco na cidade, pela inexistência.

O que vimos mais uma vez foi candidatos de outra cidades contratando vereadores, lideranças e jornalistas para realizarem um trabalho muito bem remunerado para angariar “UNS PRECIOSOS VOTINHOS”. Quem investiu por aqui acabou obtendo uma “BOA COLHEITA”, entre eles, o Capitão Augusto que não nasceu e, tampouco, reside em Marília, mas que, pelos vínculos pessoais e políticos, será um representante indireto da cidade na Câmara dos Deputados. O mesmo obteve somente em Marília
12.527 votos, sendo reeleito com 168.740 votos, no total.

Candidatos de fora), levaram 90.762 votos aqui da cidade.

Se em 2018 a grande lástima foi a destinação de mais de 70 mil votos para os candidatos considerados paraquedistas, neste ano de 2022, a votação superou as expectativas da decepção; houve um aumento de mais de 30% de votos destinados à candidatos de outras cidades e regiões, ou seja: 90.762 manifestações de apoio a candidaturas paraquedistas.

Infelizmente, pelos próximos 4 anos Marília mais uma vez ficará dependendo de migalhas e sobras de emendas federais para uma cidade que necessita ter representatividade para avançar em conquistas. O eleitor reclama, reclama e na hora que tem o poder da decisão, acaba deixando se influenciar por “N” argumentos.

Pior que isto, é constatar que as cartas para 2024 já foram lançadas na mesa, com um CACIFE EM ALTO para os mantenedores do SISTEMA que deixa seus orquestradores cada vez mais ricos e o povo cada vez mais sacrificado com uma cidade jogada as traças quando o assunto é a implantação de política pública que resulte na melhoria da qualidade de vida da população. LASTIMÁVEL. O povo tem o governo que merece.

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