A mononucleose infecciosa é uma das infecções mais comuns contraídas, nesta época do ano e, que tem a boca como porta de entrada

O carnaval está aí e até o dia 14 de fevereiro não falta programação para quem gosta da folia. Segundo a tradição, milhares de pessoas irão ocupar as ruas e clubes das mais diversas cidades. O que muitas pessoas não sabem é que a festa favorece a circulação de vírus que podem causar várias doenças.

Uma das infecções mais comuns contraídas, nesta época do ano e, que tem a boca como porta de entrada é a mononucleose infecciosa, também conhecida como doença do beijo. De acordo com a infectologista do Hermes Pardini/Grupo Fleury, Melissa Valentini, a doença do beijo é causada por um vírus que depois que a pessoa teve essa infecção, nunca mais se livra completamente do vírus.

O vírus fica ‘morando’ na garganta ou nas amígdalas do indivíduo que, periodicamente, o elimina na saliva. Caso você entre em contato com uma pessoa que o está expelindo, ainda que não esteja doente naquele momento, poderá contrair a infecção.

‘Mais de 90% da população adulta possui anticorpos contra o agente que provoca esta infecção. Isso significa que em algum momento da vida o indivíduo entrou em contato com esse vírus, mesmo que não tenha desenvolvido nenhum quadro clínico característico’, explica.

Sintomas

Pessoas com idades entre 15 e 25 anos costumam apresentar sintomas como febre, dor de garganta e aumento de linfonodos (popularmente conhecidos como gânglios ou ínguas). Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo, além de aumento do fígado e baço. Os sintomas podem durar de duas a três semanas.

Tratamento

Não existe um remédio específico para mononucleose, portanto, são tratados apenas os sintomas. É indicado o repouso devido aos sintomas que causam fraqueza e cansaço. Em casos de aumento do baço, o descanso é ainda mais importante, para evitar o agravamento da doença.

Prevenção

A propagação do vírus ocorre a partir da saliva, ou seja, também podemos contrair a doença por meio do compartilhamento de objetos pessoais, como talheres e copos. Também é possível ser infectado a partir da tosse de alguém que esteja bem próximo. De toda forma, a recomendação é a mesma: sentiu algum sintoma diferente, procure um médico.PUBLICIDADE

A médica ainda alerta que existem outras doenças que podem ser transmitidas pelo beijo. ‘É preciso ter atenção também ao herpes, causado por um vírus da mesma família do agente da mononucleose. O vírus Herpes Simplex tipo 1 também persiste por toda a vida, porém, apenas uma a cada cinco das pessoas infectadas apresentará lesões recorrentes. Embora a infecção não seja grave, as lesões são dolorosas e podem voltar a se manifestar inúmeras vezes e acometer outras regiões do corpo. Existem também as verrugas, chamadas popularmente de ‘crista de galo’, que ocorrem no ânus e nos genitais, mas, também, na boca. São causadas por diferentes tipos de papilomavírus humano, o HPV’, detalha Melissa Valentini, infectologista do Hermes Pardini/Grupo Fleury.

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