RECORDANDO. Voltamos a recordar os melhores projetos apresentados pela MARÍLIA CENTENÁRIA, focando o CENTENÁRIO de MARÍLIA. Tal iniciativa se justifica pelo fato da campanha eleitoral e a diversidade de candidatos sem projetos. Nosso objetivo é chamar a atenção dos vislumbrados para algumas sugestões que podem constar no plano de governo dos mesmos. Nesta edição, vamos reler a matéria publicada na edição 85 de Março de 2024 versando sobre a cidade que queremos em 2029.

O fato de apresentarmos constantemente sugestões de melhorias para a cidade, se deve ao fato de que nela residimos e temos como ideal a cidade que queremos para o centenário da mesma em 2029. NADA MAIS QUE ISTO.

Nesta edição, estamos destacando um problema crônico da cidade, a MOBILIDADE URBANA.  A partir dos anos 1950, devido ao rápido processo de Industrialização, houve um crescimento acelerado e disperso dos grandescentros urbanos, principalmente em Marília, uma das cidades que mais se desenvolveu na referida década.

Este crescimento acabou ocasionando uma mudança nos deslocamentos diários devido à concentração dos locais de trabalho nas zonas mais centrais, enquanto a maioria da população reside em áreas distantes. Esta dispersão faz com que a distância percorrida diariamente seja grande, tornando boa parte da população dependente dos sistemas de transporte público.

Cidade mais inclusiva.

Em 2016, a média mensal de passageiros pagantes registradas nos ônibus de Marília era de 35 mil usuários por dia. No entanto, devido à falta de infraestrutura adequada e da qualidade do transporte público, o número de usuários de transporte individual, como motos e carros, aumenta a cada ano. Isto é percebido pelo expansão da frota na cidade.

Na capital nacional dos radares, segundo o último balanço divulgado, a frota de veículos individuais aumentou assustadoramente, alcançando a marca de aproximadamente 185 mil veículos emplacados. É por causa desta situação que a mobilidade urbana vem se tornando cada vez mais relevante no cenário atual.

É preciso minimizar os problemas e tornar a cidade mais inclusiva. Para isso é necessário um planejamento a longo prazo, envolvendo todos os setores da sociedade, adotando uma política que oriente esforços e ações para garantir uma cidade mais justa à todos. Foi pensando nisto que, em 2012, foi instituída a Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012), criando em 2014 o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana.

FIM DO CONCEITO DE TERMINAL URBANO

O presente documento tem como produto conclusivo, o FIM DO CONCEITO DE TERMINAL URBANO e o case de um projeto arquitetônico de cinco Terminais Intermodais, desenvolvidos juntamente com praças e atrativos comerciais, de modo a exemplificar o processo de estudo e proposição de um dos componentes de uma rede de terminais urbanos para a cidade de Marília.

A proposta é uma resposta à necessidade de integração entre os diferentes tipos de transporte público urbano existentes, como os ônibus, e possíveis como vans, além de bicicletas e carros compartilhados.

O terminal urbano foi pensado quando de sua criação, exclusivamente em atender a função de concentrar e distribuir os fluxos dos usuários do transporte público. Por isso, a estrutura acaba se fechando para o seu exterior, o que faz com que seu entorno seja bastante hostil.  Assim, é preciso projetar um equipamento de qualidade, para que os usuários possam se apropriar do espaço, de forma agradável e segura, e ainda estabelecer uma maior relação entre o edifício e o meio urbano, para proporcionar uma melhor mobilidade urbana na cidade.

É inadmissível permitir ainda o fluxo de ônibus de transporte coletivo em ruas de grande movimento como a rua 9 de julho, Ipiranga, Parte da Pedro de Toledo e outras, em um trânsito que já se encontra caótico. Em 2006, este editor, juntamente com o “pai” da ideia, arquiteto Laerte Rojo Rosseto, quando iniciávamos as discussões do Plano Diretor, essa ideia foi aprovada por unanimidade. Acontece que, infelizmente “interesses do SISYEMA comandado pelos marajás da indústria especulativa e imobiliária, fora outros interesses acabaram travando uma grande solução para a mobilidade urbana da cidade, ao mesmo contribuindo com o meio ambiente.

Partindo disso, o presente trabalho tem como objetivo geral a derrubada do ultrapassado conceito de terminal urbano central para todas as linhas e realização de um projeto arquitetônico de um Terminal Intermodal Urbano, na área central, porém não no coração da cidade. O mesmo apenas captaria usuários com destino aos terminais regionais, sendo um na zona sul, outro na zona Norte, um na Oeste e mais um na Leste.

Sua implantação será o ponto de partida para a implementação da Rede de Terminais Intermodais na cidade, sempre atrelado a um modal de transporte, como já mencionamos. Com isso, diminui o fluxo de Ônibus pelas ruas centrais, com a trafegabilidade sendo transferida apenas para avenidas de grande porte como Santo Antônio, Sampaio Vidal, Rio Branco e ademais. Nos bairros, ou intermodais regionais, a novidade é a implantação de vans e micro ônibus, justamente por realizar apenas o transporte Inter bairros. O sistema de portabilidade de cartões continua o mesmo, e até ampliando em meia hora o período de validade.

Outra novidade e  já passou da hora, é a implantação de estações do Bicicletar em todos os terminais intermodais para incentivar a prática do transporte sobre duas rodas. Todos os equipamentos novos com instalação de dispositivos antifurtos, modernização do sistema de câmeras de videomonitoramento com identificação facial e atualização da identidade visual dos equipamentos.

Essa novidade é a instalação de bicicletas elétricas dotadas de pedal assistido e autonomia mínima de 50 km. Para se ter ideia dos ganhos, a Prefeitura de Fortaleza, uma referência no assunto, destacou que o programa evitou, desde o início das atividades, em 2014, a emissão de mais de 2.740 toneladas de gás carbônico na atmosfera com quase sete milhões de viagens.

Este nosso ambicioso Projeto tem como objetivos específicos:

1. Expressar uma crítica acerca de como os terminais urbanos estão sendo construídos, criando um ambiente segregador no meio urbano;

2. Apresentar uma outra perspectiva de implantação, com a proposta de um terminal urbano, contendo uma arquitetura mais inclusiva, permeável e de qualidade;

3. Viabilizar a ocupação e permanência nos espaços propostos, diversificando o uso e promovendo a utilização em horários diversos, combatendo a inatividade noturna do bairro;

4. Desenvolver uma integração entre os variados modais de transporte, além de ressaltar a importância de se buscar modelos de cidades sustentáveis

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