Homem alegou que deu um soco na filha após a menina fazer xixi no chão e que, com a agressão, a criança caiu, bateu a cabeça e morreu

Adrian Juliano Martins Herculano, de 21 anos, foi preso após confessar que matou a própria filha, Mirelly, de 5 anos, em Monte Santo de Minas, região sudoeste de Minas Gerais. Segundo a polícia Civil, ele alegou que deu um soco na filha para “corrigi-la”, após a menina urinar no chão. Conforme o depoimento dele, a criança caiu ao sofrer a agressão, bateu a cabeça e acabou morrendo. 

O inquérito policial foi instaurado ainda na terça, quando o investigado, acompanhado da advogada, esteve na Delegacia de Monte Santo de Minas, responsável pela investigação, e relatou que, no dia 12, teria agredido a filha com um soco após ela fazer xixi no chão pela terceira vez. Ele ainda apontou onde havia ocultado o corpo da vítima.

O suspeito, que tinha a guarda da filha, alegou à polícia que achou que a menina tinha desmaiado e tentou reanimá-la, mas viu que ela tinha morrido e se desesperou. Por isso, afirma que teria embrulhado o corpo e levado a um local de mata, próximo a um riacho, onde ateou fogo. Ele relatou ainda que fugiu para São Paulo, mas que se arrependeu e, por isso, voltou à cidade e foi até a delegacia.

A equipe de policiais civis da unidade, com apoio da Delegacia Regional em São Sebastião do Paraíso, esteve no local indicado e encontrou o cadáver já em estado avançado de decomposição. Com base no depoimento do suspeito e nos levantamentos iniciais, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva dele, deferida pela Justiça e cumprida no mesmo dia.

Segundo a Polícia Civil, em continuidade às apurações, houve indícios de participação da namorada do investigado no crime, razão pela qual foi solicitada a prisão da mulher. O casal permanece preso, à disposição da Justiça. O trabalho investigativo prossegue para a completa elucidação do caso.

Histórico de crimes

Um levantamento realizado aponta que Adrian é citado em pelo menos 50 boletins de ocorrência registrados pelas Polícias Civil e Militar. A maioria dessas ocorrências é referente a denúncias de tráfico de drogas.

Ainda segundo o levantamento, há boletins que apontam que, apesar dele ter sido encontrado em muitas dessas ocasiões sem objetos relacionados a crimes, Adrian é um homem envolvido com o uso e venda de entorpecentes. A Secretaria de Estado de Segurança e Justiça de Minas Gerais informou que o rapaz já esteve preso outras duas vezes, antes da prisão pela morte da filha:

  • 1ª – 26/04/2020 a 08/06/2021 – Liberado após decisão da Justiça
  • 2ª – 27/09/2021 a 22/03/2022 – Liberado após decisão da Justiça
  • 3ª – Deu entrada dia 18/01/2023 no Presídio de São Sebastião do Paraíso, onde encontra-se atualmente (prisão atual, pela morte da filha)

Polícia prende companheira do pai que matou filha de 5 anos

Delegacia Regional da Polícia Civil em São Sebastião do Paraíso — Foto: Polícia Civil

A atual companheira do pai que matou e colocou fogo no corpo da filha de 5 anos após ela fazer xixi no chão, em Monte Santo de Minas (MG), foi presa na quarta-feira (18). Ela teve o pedido de prisão temporária requisitado após prestar depoimento à Polícia Civil. Adrian Juliano Martins Herculano, pai da criança.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Vinicius Zamó, em depoimento, ela, identificada como Gabriele Ernesto, de 24 anos, contou que estava em casa quando tudo aconteceu, mas dormia.

Ele apontou, ainda, que ela disse que teria sido acordada pelo companheiro que dizia que tinha cometido uma estupidez. Quando ela chegou à sala, ela disse que o corpo da menina já estava enrolado em um cobertor.

Ainda segundo o delegado, ela, então, teria acompanhado o homem até uma mata, na zona rural de Monte Santo de Minas, onde ele ateou fogo e escondeu o corpo da criança com galhos. Após o depoimento, o delegado decidiu pela prisão temporária da mulher pelo crime de participação em homicídio. Após ser presa, a mulher foi levada ao Presídio de Guaranésia e pode responder por participação no homicídio.

Crime aconteceu em Monte Santo de Minas no dia 12 de janeiro; pai se apresentou e admitiu crime após 5 dias — Foto: Prefeitura de Monte Santo de Minas

A primeira informação era de o que homem havia sido preso, mas ele foi liberado logo após o depoimento por não estar em estado de flagrância.

Na decisão que concedeu a prisão preventiva, o juiz Mateus Queiroz de Oliveira, de Monte Santo de Minas, diz haver indícios de que o homem tentou se esquivar da responsabilidade penal, ateando fogo no corpo da vítima e se apresentando cinco dias após o fato.

Segundo o delegado responsável pelo caso, desde o final de dezembro de 2022, a menina teve a guarda repassada para o pai, que mora no bairro Jardim Brasil.

O suspeito, de 21 anos, já tem passagens pela polícia desde os 13 anos e já cumpria pena por tráfico de drogas. A mãe da criança também tem passagens pela polícia e é usuária de drogas. Os restos mortais da criança foram encaminhados para o IML de Passos.

DIRETO DO PLANTÃO DE POLÍCIA

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