Se há um código de regras que não falha é justamente o estatuto da criminalidade que opera de uma forma completamente diferente do código civil e penal da justiça brasileira. Normalmente não há direito a defesa e se escreveu não leu, o pau comeu. O rigor é cumprido literalmente sem piedade.
No início da manhã de ontem, segundo-feira (3), os homens da boina preta, ou policia militar, como queiram foram acionados por volta das 7h30, para comparecerem a um córrego existente na rua Salvador Salgueiro, no fundo da Vila Barros, zona norte da cidade. No local os policiais caminharam por 200 metros em uma viela, até encontrarem o corpo de um homem já sem vida, desnudo e com sinais visíveis de espancamento ao lado da correnteza de água.
Segundo transeuntes que acompanharam os policiais, mas não podem se identificar justamente pela lei do silêncio, relataram aos policiais que a vítima se chamava Fernando. O crime teria ocorrido na noite anterior, quando vários indivíduos teriam desferido pauladas contra a vítima, jogando em seguida o seu corpo no córrego.
O motivo seria que o mesmo desempenhava a função de olheiro do tráfico e não teria avistado a chegada dos homens da boina preta que em uma rápida operação, invadiram o lugar e estourando a boca, como dizem. No local teriam encontrado e apreendido mais de 210 mil reais em drogas, provocando um grande prejuízo para os traficantes.
A vítima foi identificada como Fernando Ferreira Gomes, de 50 anos, brutalmente espancado, com diversos ferimentos. O corpo do mesmo, como já citamos, estava sem roupa e boiando as margens do córrego que passa pelo local. Após sua retirada do local, foi constatado que o mesmo apresentava ferimentos na cabeça, tórax e fratura no braço esquerdo.
O responsável ou responsáveis pela autoria são desconhecidos e a ocorrência foi registrada no plantão policial da CPJ (Central de Polícia Judiciária) sob a responsabilidade da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que passa a investigar o caso, tratado como homicídio.
DIRETO DO PLANTÃO POLICIAL COM INFORMAÇÕES DO REPÓRTER JAIR MATTOS.
