Os acidentes de trânsito envolvendo motociclistas continua ceifando vidas no trânsito em geral segundo dados do infosiga-SP. Apenas para ilustrar, o Estado de São Paulo registrou 4.844 mortes em acidentes de trânsito no ano de 2021 — média de 13 óbitos por dia. A estatística reflete queda de apenas 0,4% em relação ao total apurado em 2020 (4.864), a menor redução desde o início da série histórica, em 2015.

Também foram registrados 184.726 acidentes não fatais, o que equivale a um crescimento de 7,9% em relação aos números de 2020 e coloca o estado de volta ao patamar de antes da pandemia de Covid-19 e das restrições de movimentação. No ano de 2019 o estado teve 187.758 acidentes não fatais.

Os motociclistas lideraram outra vez as mortes no trânsito, com pelo menos 1.781 vítimas. Logo atrás estão automóveis (1.089), pedestres (963) e bicicletas (300). Com 1.777 mortes no período, os homens jovens (dos 18 aos 39 anos) completam o perfil do grupo que mais sofre no trânsito paulista.

Este final de semana não começou de forma diferente e em nossa patrulha regional acabamos por constatar mais um acidente que entra para as estatísticas. Um motociclista de 40 anos morreu na noite de ontem, sexta-feira (4) após cair da motocicleta que conduzia, na Avenida Benedita Camargo, area urbana e região central da cidade de Tupi Paulista, distante de Marília, 210 quilômetros.

De acordo com a Polícia Militar, o acidente ocorreu por volta das 2h e, quando a viatura chegou no local, a vítima já estava inconsciente. O homem foi socorrido pelas equipes de Resgate e levado ao Pronto-atendimento de Tupi Paulista, mas ao chegar na unidade foi constatado o óbito. Conforme a polícia, não havia outro veículo envolvido no acidente. As causas do acidente serão investigadas.

Cuidados sobre duas rodas

No topo da lista do período em que os acidentes mais ocorrem estão as noites e as madrugadas. Segundo especialistas, é justamente pela falta de visibilidade que os riscos ficam ainda maiores.

Durante o dia o motociclista tem uma visão de profundidade que dá a oportunidade de identificar em vários quilômetros a frente o que há de errado. À noite não, a visão fica limitada apenas aos 10, 15 metros do facho de luz.

A utilização de roupas apropriadas, como jaquetas com refletores, por exemplo, é uma medida que pode ajudar o motociclista a ser mais visto por condutores de outros veículos. O acostamento deve ser um local evitado pelos motociclistas que, para a maior segurança, devem ocupar espaços como de carros nas pistas.

Apenas em outubro de 2021, quase 25 anos após a promulgação do Código de Trânsito Brasileiro, começou a vigorar o Manual Brasileiro de Sinalização Cicloviária, uniformizando a sinalização de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, mas as autoridades terão dois anos para atender aos padrões mínimos de segurança exigidos. É muito tempo.

DIRETO DA PATRULHA RODOVIÁRIA REGIONAL

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