Mais um acidente de trabalho acaba ceifando a vida de um trabalhador mariliense nesta manhã fria de segunda-feira (14). As primeiras informações nos dão conta de que um motorista de uma máquina carregadeira teria morrido esmagado após o veículo tombar em uma obra na zona leste da cidade de Marília.

Segundo informações colhidas junto a pessoas que estavam próximas ao local, a vítima operava o equipamento quando em determinado momento, devido a desnível do terreno, a máquina teria tombado.

O homem que por enquanto não teve a identidade divulgada, tinha 30 anos e segundo as testemunhas, teria tentado se esquivar, porém, não houve tempo hábil, culminando por ser atingido e prensado sobre o solo.

Rapidamente as equipes do Corpo de Bombeiros e do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionadas e efetuaram todas as manobras de reanimação, mas devido à gravidade dos ferimentos a vítima não resistiu, constando-se somente o óbito no local.

Autoridades trabalham na identificação da vítima e localização de familiares. O caso foi apresentado já no final da manhã na CPJ (Central de Polícia Judiciária) em Marília, onde os policiais já trabalham na identificação da vítima e localização de seus familiares.

Em 2022, com 612,9 mil acidentes e 2.538 óbitos registrados para pessoas com carteira assinada, a mortalidade no mercado de trabalho formal voltou a apresentar a maior taxa dos últimos dez anos: 7 notificações a cada 100 mil vínculos empregatícios, em média.

Mais um acidente para as estatísticas.

De 2012 a 2022, foram comunicados 6,7 milhões acidentes de trabalho e 25,5 mil mortes no emprego com carteira assinada, segundo os dados atualizados do Observatório De Segurança e Saúde no Trabalho, desenvolvido no âmbito da Iniciativa SmartLab de Trabalho Decente, coordenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para o Brasil. As informações se baseiam em comunicações de acidentes de trabalho (CAT) ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

No mesmo período, ocorreram 2,3 milhões de afastamentos pelo INSS em razão de doenças e acidentes de trabalho, e o gasto com benefícios previdenciários acidentários, em valores nominais, já chega a R$ 136 bilhões de reais. O valor inclui ocorrências como auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e auxílios-acidente relacionados ao trabalho.

Ao longo da série de 11 anos (2012 a 2022) do Observatório, os dados mostram que grande parte dos acidentes foi causada pela operação de máquinas e equipamentos (15% do total), que provocou amputações e outras lesões gravíssimas com uma frequência 15 vezes maior do que as demais causas, e gerou três vezes mais acidentes fatais do que a média geral dos agentes causadores.

DIRETO DO PLANTÃO DE POLÍCIA

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