O nome de Hajjar havia sido levantado para suceder Luiz Henrique Mandetta no ministério, quando o ex-ministro deixou o cargo em abril do ano passado

O pedido de demissão do general Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde abre espaço para a discussão sobre quem será seu substituto. O escolhido será a quarta pessoa a ocupar o cargo em meio à pandemia de coronavírus.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a cardiologista goiana Lidhmila Hajjar, do Incor e da rede de hospitais Vila Nova Star, desembarcou em Brasília neste domingo (14/3) para se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro.

O nome da médica, especialista no tratamento de covid-19, é defendido nos bastidores por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares do DEM e do PP. O nome de Hajjar havia sido levantado para suceder Luiz Henrique Mandetta no ministério, quando o ex-ministro deixou o cargo em abril do ano passado.

Ludhmila Hajjar estudou na Universidade de Brasília (UnB) e é especialista em clínica médica – dirige a sua própria em São Paulo – cardiologia, terapia intensiva e medicina de emergência. Também é professora da Associação de Cardiologia da Faculdade de Medicina da USP, diretora de tecnologia e inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, coordenadora de cardio-oncologia do InCor, além de participar de atividades assistenciais, de ensino e pesquisa.

Crise na Saúde

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pediu para deixar o comando do Ministério da Saúde alegando problemas de saúde. Segundo interlocutores do general, ele informou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que precisa de um tempo para se reabilitar.

O pedido de afastamento acontece no auge da pandemia de covid-19 no Brasil. Nas últimas 24 horas, o país registrou 1.997 fatalidades e 76.178 novos casos, totalizando 277.102 vidas perdidas e 11.439.558 de infectados.

Secretaria confirma que médica Ludhmila Hajjar teve reunião com Bolsonaro

A Secretaria Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações informou neste domingo, 14, que a cardiologista Ludhmila Hajjar se reuniu no período da tarde com o presidente da República, Jair Bolsonaro. O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada.

A médica é uma das cotadas pelo governo para substituir o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, embora a nota não faça nenhuma menção ao motivo da visita de Ludhmila ao presidente.

A troca na saúde foi um dos temas de reunião com militares feita na noite passada entre o presidente, o próprio Pazuello e os ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Fernando Azevedo (Defesa), todos generais.

Médica é contra cloroquina e defende isolamento social

Segundo a jornalista Andreia Sadi, a médica conta com o apoio de parlamentares de partidos como o DEM e o PP, embora ainda não tenha recebido nenhum convite oficial do governo. Ela fez parte da comissão que se reuniu com Bolsonaro para discutir a falta de eficiência da cloroquina no tratamento da covid-19 e é defensora de medidas de distanciamento social e vacinação em massa.

Em entrevistas no ano passado, Hajjar disse que “cloroquina não é vacina” e que não existe, ainda, tratamento para a doença e que, portanto, a melhor estratégia era a intensificação das medidas de isolamento social.

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