Em um momento onde o Brasil é classificado como o pior país em enfrentamento da Covid-19 no comparativo com 98 países, Marília começa a viver um verdadeiro caos, onde mais uma vez enfatizamos a falta de ações mais efetivas no combate ao vírus que assola a humanidade.

No boletim de número 334 publicado no final da manhã desta sexta feira, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, confirmou mais cinco mortes por Covid-19, chegando a 165 óbitos pela doença no município.

Segundo os números divulgados, a cidade já tem 11.982 casos, ou seja, iremos encerrar o mês de janeiro acima dos 12.000 casos, isto porque, ainda restam 3.196 aguardando os resultados que poderão chegar até o final da tarde de hoje. 370 casos estão em transmissão e apenas com monitoramento via fone, sem quaisquer outro meio de restrição da pessoa contaminada.

Nos hospitais, se encontram 97 pacientes internados, sendo que 49 deles com casos confirmados. Até o momento a grande preocupação da administração municipal passa a ser com a pressão que vem sofrendo de comerciantes e empresários pela abertura do comércio. No entanto, nenhuma medida mais abrangente de combate ao vírus foi anunciada.

Até ontem eram 15 óbitos em apenas quatro dias, com 4 suspeitos. Com a confirmação dos novos óbitos, a média diária passa a ser de 4 óbitos por dia na cidade. Vamos aos óbitos confirmados;

O primeiro óbito foi de um homem, de 49 anos, com diagnóstico de diabetes e doença cardiovascular crônica. Ele iniciou sintomas no dia 22 de janeiro, passou por atendimento no PA (Pronto Atendimento) Sul dia 25, onde foi a óbito. Foi colhido exame por morte, que confirmou resultado positivo para Covid. O óbito estava sendo investigado.

O segundo óbito foi de uma mulher, de 88 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica, diabetes e pneumopatia crônica. Ela começou a ter sintomas no dia 24 de janeiro, internou na Santa Casa dia 25, mesmo dia em que colheu exame e foi a óbito. O exame confirmou a positividade para Covid. Esse óbito estava sob investigação, de acordo com a Vigilância Epidemiológica.

O terceiro óbito foi de um homem, de 73 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica. Ele teve início de sintomas no dia 24 de janeiro, sendo internado dia 25 na Santa Casa. Nesse mesmo dia colheu exame com resultado positivo para Covid e foi a óbito, que também estava sob investigação, segundo a Vigilância Epidemiológica.

O quarto óbito foi de um homem, de 49 anos, com diagnóstico de obesidade como condição de risco. Ele iniciou sintomas em dia 2 de janeiro e foi internado na Santa Casa dia 11, colheu exame com resultado positivo para Covid, vindo a óbito no dia de ontem, quinta-feira, dia 28 de janeiro.

E o quinto óbito foi de um homem, de 63 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica e diabetes. Ela começou a ter sintomas dia 12 de janeiro e foi internado na Santa Casa dia 16, tendo colhido exame para Covid, que confirmou resultado positivo, indo a óbito nesta sexta-feira, dia 29 de janeiro.

Com esses resultados, o Governo do Estado manteve Marília na fase vermelha

Conforme já havíamos antecipado a reunião ocorrida na última terça feira a capital paulista serviu apenas para um passeio, e o encontro com o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marcos Vinholi, foi utilizado apenas para o famoso merchand politico.

Conforme já havia declarado, o governador João Doria (PSDB) realizou nesta sexta-feira (29) uma reclassificação extraordinária do Plano São Paulo para algumas regiões do Estado. Para a agonia de comerciantes e empreendedores, Marília foi mantida na fase vermelha, a mais restritiva, em que só podem funcionar serviços essenciais.

Além de Marília, os municípios de Ribeirão Preto, Taubaté, Bauru, Franca e Barretos, também estão incluídos e as restrições da fase vermelha valem durante todos os dias. Todas as seis regiões estão com ocupação hospitalar de pacientes graves com Covid-19 acima de 75%. Marília o caso é ainda mais grave com uma taxa superior a 83%, apesar de possuir agora 143 leitos de UTI.

Apesar dos números que avançam de forma descontrolada, onde o principal vetor de transmissão é o transporte coletivo que não sofre nenhum tipo de fiscalização nos ônibus e no terminal urbano, a administração municipal continua pecando pela omissão. Nessa hora, o condutor da cidade precisa de fato arregaçar as mangas, caso contrário, muitas vidas ainda serão ceifadas pelo maldito vírus.

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