Rede social indiana chegou ao Brasil em 2022

A rede social Koo, que surgiu como uma concorrente do Twitter e rendeu muitas piadas entre os brasileiros no fim de 2022, vai encerrar suas atividades. Nos últimos meses, a plataforma vinha apresentado dificuldades para expandir sua base de usuários e gerar renda – a esperança do serviço era uma venda para a startup Dailyhunt, mas a negociação fracassou, acabando com as chances da empresa.

Em um post no LinkedIn, os fundadores da rede social Aprameya Radhakrishna e Mayank Bidawatka afirmaram que, apesar das tentativas de parceria com empresas maiores, nada floresceu. No X, a companhia também realizou um post de despedida.

O Koo conseguiu levantar mais de 60 milhões de dólares em investimentos, mas a quantia não foi suficiente para manter o negócio funcionando. De acordo com os fundadores, seria necessário um investimento de longo prazo para que a empresa se tornasse lucrativa.

O Koo dava aos usuários a oportunidade de se expressar de forma semelhante àquela disponibilizada pelo X. Assim, era possível publicar fotos e GIFs, repostar vídeos do YouTube, fazer enquetes e gravar áudios, além de curtir posts e comentar e republicar conteúdo de terceiros.

– O que está na sua cabeça? – pergunta a plataforma, convidando o usuário a publicar seus pensamentos da mesma forma que faz o X.

A empresa claramente se inspirava no Twitter, tanto no estilo de microblog quanto no seu símbolo, que também é um pássaro – embora amarelo.

A plataforma ganhou popularidade na Índia durante tempos de tensão entre o Twitter e o governo indiano, quando a rede social desafiou pedidos de remoção de conteúdo. À época, o Koo aproveitou para se colocar como uma alternativa mais obediente, comprometendo-se com regulamentações locais. Isso acabou atraindo alguns usuários à plataforma.

No entanto, entre julho de 2022 e janeiro de 2023, foram 5 milhões de usuários perdidos pela rede social, que continuou a declinar em popularidade nos últimos meses.

– Embora a gente gostaria de manter o aplicativo funcionando, os custo dos serviços de tecnologia para manter um aplicativo de mídia social funcionando é alto e tivemos que tomar essa difícil decisão – afirmou Aprameya Radhakrishna no LinkedIn.

Ainda na publicação, os fundadores do Koo dizem que não deixarão de empreender.

– Quanto a nós, somos empreendedores de coração e vocês nos verão de volta à arena de uma forma ou de outra. Até lá, obrigado pelo seu tempo, atenção, bons desejos e amor. O passarinho amarelo diz seu último adeus – disseram.

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