Cidadãos de 27 países europeus estão participando em grande número das eleições para o Parlamento da União Europeia, que começaram na quinta-feira (6) e terminarão neste domingo (9). Este ano, milhões de jovens, alguns com apenas 16 anos, estão votando pela primeira vez, o que pode ter um impacto significativo nos resultados eleitorais.

Segundo informações do Conexão Política, a BBC News realizou entrevistas com jovens de diferentes idades, revelando uma tendência de insatisfação e frustração com a esquerda política, incluindo suas políticas ambientais. Isso está resultando em um movimento em direção à direita em vários países europeus.

Mare Verlinde, uma estudante belga de 17 anos, destacou a importância deste momento para a juventude: “É uma grande chance para nós, pois nos proporciona uma voz que nunca tivemos antes”. Seu colega, Auguste Duchene, complementou: “Acredito que a Europa precisa progredir e se fortalecer”.

As preocupações crescentes com a segurança na Europa são notáveis entre os jovens, que cresceram em um período de incertezas. Lore Sleeckx, de 17 anos, expressou sua preocupação: “Meus professores de história dizem que não ficariam surpresos se uma guerra mundial acontecesse no futuro”. Essa preocupação tem levado muitos jovens a reconsiderar suas preferências políticas.

Apesar da onda verde que marcou as eleições europeias de 2019, os jovens estão determinados a votar em partidos de direita, desde conservadores liberais até partidos totalmente conservadores. Para muitos, essa mudança representa um desejo de romper com o status quo e encontrar soluções para problemas que acreditam ser negligenciados pela esquerda.

Na Holanda, por exemplo, o Partido pela Liberdade (PVV), liderado por Geert Wilders, está ganhando espaço nas urnas, refletindo uma sensação de frustração entre os jovens eleitores com as opções políticas tradicionais.

Lazar Potrebic, um jovem de 25 anos, esclarece: “Não somos extremistas. Estamos apenas irritados”. Ele expressou que sente que as necessidades de sua geração não estão sendo atendidas pelos partidos progressistas.

Com mais de 60% dos jovens cidadãos da UE planejando votar, essas eleições podem marcar uma mudança histórica para a direita na política europeia. Isso pode redefinir a agenda da Europa em questões que vão desde o clima até a migração, marcando uma mudança de pensamento da geração mais jovem.

Após derrota, Macron dissolve Parlamento e antecipa eleições

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de eleições antecipadas para 30 de junho e 7 de julho após a derrota nas eleições para o Parlamento Europeu neste domingo (9).

– Eu não poderia continuar, no final deste dia, olhando para o outro lado. Somada a essa situação está a febre que infectou o debate público e parlamentar em nosso país – disse Macron em um discurso televisionado do Palácio do Eliseu.

– É por isso que, depois de ter procedido às consultas prévias do artigo 12 de nossa Constituição, decidi devolver a palavra de nosso futuro parlamentar através do voto – acrescentou.

Macron avaliou a pesada derrota de seu partido nas eleições europeias deste domingo, nas quais obteve 15% dos votos, metade do apoio do Reagrupamento Nacional (cerca de 30%), de Marine Le Pen, segundo as pesquisas de boca de urna.

O líder da lista do Reagrupamento Nacional para essas eleições, Jordan Bardella, já havia pedido a convocação de eleições para a Assembleia Nacional em um primeiro discurso após a divulgação das pesquisas.

As novas eleições ocorrerão apenas dois anos após as de junho de 2022, nas quais o Renascimento, partido do chefe de Estado, perdeu a maioria absoluta que possuía na legislatura de 2017 a 2022, o que criou problemas para o governo ao buscar parceiros parlamentares para aprovar suas reformas.

Um exemplo foi a tão discutida reforma previdenciária, aprovada no ano passado sem votação na Assembleia Nacional.

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