O momento realmente é crítico e nessa hora, independente do credo religioso de cada um, se faz necessário que oremos uns pelos outros. O ato de estender a mão a quem precisa, pode fazer a diferença e em muitos casos salvar uma vida.

No despertar deste novo dia, as manchetes do plantão policial que foi chefiado pelo Drº Gilson Quintino, registrou mais um óbito na cidade de Marília que, já é a cidade do interior paulista que mais registra ocorrências desta natureza.

Policias militares, unidade do SAMU e do resgate do Corpo de Bombeiros foram acionados para atender uma ocorrência por volta das 21Hs na rua Camilo Caralezi, no bairro Nova Marília, zona sul da cidade.

Segundo relatos do boletim de ocorrências, o marido ao chegar em sua residência se confrontou com a triste cena da esposa Leticia Conceição de Sá de apenas 49 anos, servidora publica da prefeitura municipal, pendurada em uma cordinha amarrada a uma vigota da casa.

Em um móvel próximo ao local havia ainda algumas cartelas de comprimidos que a mesma já utilizava para uso em tratamento contra a depressão. Infelizmente, este já é o 6º suicídio do ano em apenas 3 meses.

O corpo da vítima está sendo velado na sala 3 do velório municipal e o sepultamento será realizado às 17H30M no cemitério da saudade. A família enlutada, nossas sinceras condolências.

Todos os anos, cerca de 11 mil brasileiros tiram a própria vida. No mundo, o número de suicídios, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 800 mil por ano. Estima-se que cada morte por suicídio afete intimamente a vida de cerca de 60 pessoas, entre familiares, amigos e colegas.

Ainda não há dados precisos sobre o impacto da pandemia e do isolamento social na saúde mental e nos números de suicídios. Porém, uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Psiquiatria revela que 89,2% dos especialistas entrevistados destacaram o agravamento de quadros psiquiátricos em seus pacientes devido aos efeitos do novo coronavírus na sociedade.

Questões familiares evidenciadas, o medo da doença, a incerteza em relação à economia, a solidão, o afastamento de atividades de lazer, a dificuldade na busca por tratamento psicológico… são muitos os fatores que contribuem para essa piora e sobre os quais se precisa falar.

Com internet e telefone, o distanciamento físico não precisa significar a perda dos contatos. É importante estar aberto para procurar e oferecer escuta.

Pequenas atitudes mostram que as amizades seguem firmes: vale telefonemas, videochamadas, mensagens, o que funcionar melhor para cada um. Perguntar como a pessoa está, compartilhar fotos e até memes que te façam lembrar dela são formas de se fazer presente.

Com streaming, é possível combinar de assistir ao mesmo filme e comentar em tempo real por mensagens. E que tal mandar um delivery de uma comida que você sabe que a pessoa gosta?

Como identificar comportamentos suicidas

moça na janela

Não é possível prever com certeza se uma pessoa vai ou não tirar a própria vida. Existe uma série de elementos – psicológicos, biológicos, culturais e socioambientais – que podem levar ao desfecho.

É preciso estar atento ao comportamento das pessoas à sua volta e não ignorar sinais que podem ser pedidos de ajuda.

Existem alguns possíveis sinais de comportamento suicida:

  1. Falar muito sobre a própria morte e demonstrar desesperança em relação ao futuro
  2. Usar expressões que manifestam intenções suicidas: “vou desaparecer”, “vou deixar vocês em paz”, “eu queria poder dormir e nunca mais acordar”, “é inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar”, “vocês vão ficar melhor sem mim”, não aguento mais”
  3. Reduzir as interações: não atender a telefonemas, não responder mensagens ou ser evasivo
  4. Apresentar grandes mudanças de humor (estar eufórico em um dia e profundamente desencorajado em outro)
  5. Ter atitudes arriscadas, como dirigir de forma imprudente ou entrar em brigas
  6. Começar a se despedir de amigos e familiares como se não fosse vê-los novamente
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