Neste sábado, acontecerá na Avenida Paulista, São Paulo, o ato em alusão ao 7 de Setembro, organizado pelo pastor Silas Malafaia. A manifestação tem como tema a defesa da liberdade e da democracia, além de apoiar os pedidos de impeachment feitos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O evento está previsto para começar às 14 horas. Mais de 70 figuras políticas devem comparecer, como a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, que será a primeira a falar, e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), que também irá discursar, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que convocou seus apoiadores para estarem presentes no ato. O ex-chefe do executivo vai encerrar o protesto.

Outros parlamentares também devem discursar, como Eduardo Bolsonaro (PL), Bia Kicis (PL), Gustavo Gayer (PL), Magno Malta (PL), o governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o próprio líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia.

A manifestação vai contar também com dois trios elétricos, que devem ficar posicionados entre a rua Peixoto Gomide e a Avenida Paulista. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL), que também está à frente da organização, afirmou que bandeiras e cartazes contra Moraes estão liberados. Em atos similares ocorridos anteriormente, protestos contra o magistrado foram vetados.

O que bolsonaristas esperam conseguir após o ato na Paulista

Bolsonaristas admitem dificuldade de conseguir impeachment de Alexandre de Moraes agora e miram em outras conquistas com ato na Av. Paulista

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso já calculam o que poderão conquistar após o ato em defesa do impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes  neste sábado, 7 de setembro, na Avenida Paulista.

Pela projeção de parlamentares bolsonaristas, o afastamento de Moraes do cargo não acontecerá neste momento, independentemente do tamanho e da força da manifestação deste sábado.

Conscientes de que não conseguirão o impeachment de Moraes agora, aliados de Bolsonaro miram nas diversas PECs que tramitam na Câmara e têm o STF como alvo. Entre elas, a que restringe decisões monocráticas na Corte.

Bolsonaristas acreditam que a manifestação na Paulista ajudará a fazer pressão política para que as PECs avançem após serem aprovadas na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o que deve acontecer ainda em setembro.

Aliados de Bolsonaro apostam que a pressão servirá para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), instale a comissão especial das PEC assim que elas deixarem a CCJ e paute as propostas no plenário ainda em 2024.

Supremo na mira

Outro “conquista” esperada por bolsonaristas com a manifestação na Paulista seria ajudar a baixar a pressão de ministros do Supremo Tribunal Federal contra Jair Bolsonaro e seus aliados.

Aliados do ex-presidente lembram que, após o 7 de setembro de 2021, no qual Bolsonaro subiu o tom contra Moraes, o ministro acabou topando conversar com o então presidente e baixar momentaneamente a temperatura.

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