A caderneta de poupança no Brasil continua a enfrentar saques líquidos, registrando um montante de R$ 3,824 bilhões em fevereiro, conforme dados recentes divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira. Esse cenário de retiradas segue a tendência já observada em janeiro, que contabilizou saque líquido de R$ 20,149 bilhões, e em fevereiro de 2023, quando os saques atingiram R$ 11,515 bilhões.

Os contínuos saques na poupança ocorrem em um contexto de taxas de juros ainda elevadas, o que impacta a atratividade desta modalidade de investimento. Apesar da redução realizada pelo Banco Central na taxa básica Selic, que passou de 13,75% para os atuais 11,25%, a competitividade da poupança permanece afetada.

É aguardada uma nova diminuição de 0,5 ponto percentual na taxa Selic ainda neste mês, buscando estimular a economia. A medida visa, entre outros objetivos, amenizar as saídas de recursos da poupança ao oferecer alternativas mais atrativas aos investidores.

No desdobramento dos dados, fevereiro apresentou resgates de R$ 3,352 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto a poupança rural registrou saídas de R$ 471,438 milhões. Esses números destacam a complexidade da situação, indicando uma dinâmica específica nos diferentes segmentos da poupança.

O cenário econômico segue sob observação, enquanto investidores reavaliam suas opções diante das mudanças nas taxas de juros e possíveis movimentos do Banco Central para estimular a economia e ajustar o comportamento dos investidores.

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